Com saída dos EUA da Síria, ISIS vai recuperar terreno e anunciar vitória
Conclusões são de relatório de inspetor-geral do Pentágono.
© Reuters
Mundo Pentágono
O anúncio da retirada dos Estados Unidos da Síria continua a gerar debate e a ter repercussões no terreno.
Foi Donald Trump quem anunciou a saída num primeiro momento. As críticas e alertas posteriores levaram o presidente norte-americano a optar por aligeirar o tema, esclarecendo que não seria uma retirada imediata. Ainda assim, a decisão dos EUA parece ter dois potenciais efeitos práticos.
Um relatório do inspetor-geral do Pentágono, de que a CNN dá conta, aborda esta questão.
Em 2014, o autoproclamado Estado Islâmico governava com brutalidade vastas regiões da Síria e do norte do Iraque.
Nos últimos dois anos, o ISIS perdeu boa parte do seu território, após ver-se cercado por tropas do regime sírio, curdos, bem como a pressão de potências externas, como a Rússia, a Turquia e a coligação internacional liderada pelos EUA.
Apesar das perdas, o ISIS continua 'vivo'. E este relatório realça que o grupo "insurgente" continua "ativo", tanto na Síria como no Iraque.
A saída dos EUA poderá ser uma oportunidade para reconquistar terreno: "O ISIS poderá levar a cabo ataques oportunistas a staff norte-americano enquanto estes saem do país".
Para além do mais, o ISIS vai tentar aproveitar a decisão norte-americana de sair da Síria para anunciar nos seus próprios meios - e a máquina de propaganda do autoproclamado Estado Islâmico continua igualmente ativa - para promover a saída de operacionais dos EUA do terreno como uma 'vitória'.
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