A proposta foi feita por Gerardo Márquez, presidente da Comissão de Soberania e Integridade Territorial da Assembleia Constituinte, composta unicamente por apoiantes do chefe de Estado venezuelano.
Gerardo Márquez acusou o parlamento de apoiar agressões contra a Venezuela.
"Já basta de lacaios e traidores da pátria", disse o deputado, imputando à oposição o apoio à decisão do Grupo de Lima de não reconhecer o novo mandato presidencial de Nicolás Maduro e de intervir nos assuntos internos venezuelanos.
Durante a sessão, Pedro Carreño, propôs que 2019 seja o ano da dissolução do parlamento e da renovação dos deputados que o compõem.
Em resposta, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, considerado como o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro, defendeu que sejam tomadas decisões para restabelecer a ordem no parlamento que classificou como "ponta de lança do imperialismo".
O Presidente da Venezuela vai prestar juramento na quinta-feira para um novo mandado presidencial perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional (parlamento), já que Maduro não reconhece a legitimidade deste órgão, que acusa de estar a afrontar as decisões daquele tribunal.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.