O senador do estado de New Jersey, Cory Booker, descreveu a adoção da projeto de lei como um "momento significativo" para o Senado.
"Temos a oportunidade de reconhecer os erros da nossa história, de honrar a memória daqueles que foram brutalmente assassinados e de deixar um legado para que as gerações futuras possam saber que, após 200 tentativas num século (...) este Senado fez a coisa certa", disse Cory Booker, visto como possível candidato democrata para as eleições de 2020.
Se a legislação for aprovada por todo o Congresso, o linchamento será considerado pelos tribunais americanos como a "expressão suprema do racismo" após a Guerra Civil.
Será também descrito pelas autoridades como um "crime de ódio", uma categoria distinta de crimes em que as vítimas têm em comum o facto de terem sido visadas devido à sua pertença - real ou aparente - a um grupo racial ou religioso, ou devido à sua identidade sexual ou deficiência.
O texto, cujo escopo é amplamente simbólico, refere que 4.472 pessoas, na sua maioria negras, foram vítimas de linchamento entre 1882 e 1968.
De acordo com a senadora da Califórnia Kamala Harris, outra democrata que se pode opor a Donald Trump em 2020, a lei ajudará os norte-americanos a "contar a verdade sobre o passado".