No entanto, nestas eleições não participam os principais partidos opositores venezuelanos, por terem sido "inabilitados" (não autorizados) pelo CNE, por não terem participado nas eleições presidenciais de 20 de maio último, que a oposição diz ter sido "uma farsa" do regime.
"Fazemos estas eleições com o apoio das Forças Armadas Bolivarianas. É uma expressão constitucional, porque é uma contribuição para a democracia, o que eu chamo de união cívico-militar", disse a presidente do CNE.
Tibisay Lucena falava em Los Próceres, Caracas, capital do país, durante a ativação do Plano República, o programa que prevê o envio de militares para as assembleias de voto, para proteger o material eleitoral.
"Por cima de todas as dificuldades, hoje estamos aqui, com os soldados presentes em todo o território da pátria, distribuindo as máquinas de voto e material eleitoral, para que o povo se expresse", frisou Tibisay Lucena.
A presidente do CNE denunciou a existência de agressões e bloqueios estrangeiros que procuram que os venezuelanos não se expressem e agradeceu o apoio dos militares, sublinhando que os venezuelanos vão manifestar a sua vontade soberana.
Por outro lado, o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol, confirmou que 150.178 funcionários de vários organismos estatais vão garantir a segurança dos eleitores em mais de 15.000 centros de voto.
Néstor Reverol adiantou que entre sexta e segunda-feira é proibido vender bebidas alcoólicas e fogo-de-artifício no país. Também está proibido o porte de armas e a segurança das fronteiras com Colômbia e Brasil vai ser reforçada.
Na iniciativa, o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tareck William Saab, anunciou que quase 1.000 procuradores vão supervisionar os centros eleitorais.
Os partidos opositores Ação Democrática (o mais antigo) e Um Novo Tempo foram impedidos pelo CNE de participarem nestas eleições por não terem participado nas presidenciais em que Nicolás Maduro foi reeleito para um novo mandado (2019-2025).
Já o partido Primeiro Justiça e o Vontade Popular (cujo líder, Leopoldo Lopez, está preso) não participam por considerar que são "uma farsa" do regime.