As autoridades começaram a árdua tarefa de tentar recuperar o corpo do missionário norte-americano morto por uma tribo que vive isolada na ilha Sentinela do Norte, localizada no Oceano Índico, entre a Índia e o Myanmar (antiga Birmânia).
De acordo com a CNN, a operação de resgate tem de ser realizada “com cuidado para não provocar conflitos” com os membros da tribo, que é considerada uma das mais agressivas do mundo e, muito provavelmente, canibal.
No dia 15 de novembro, John Allen Chau, de 27 anos, navegou, ilegalmente, até à ilha Sentinela do Norte, para tentar converter os sentineleses ao cristianismo.
Segundo descrições dos pescadores que o levaram a esta ilha, onde as visitas estão proibidas pela lei indiana, no dia seguinte, John voltou ao barco com ferimentos de setas, mas, mesmo assim, quis voltar a encontrar-se com os indígenas. No dia 17 já não voltou. Contudo, de acordo com as autoridades indianas, os mesmos pescadores garantem que viram alguns membros da tribo a arrastarem o corpo do missionário pela ilha fora.
As autoridades dirigiram-se à ilha esta sexta-feira e sábado, para tentar descobrir e recuperar o corpo de John, mas as operações demonstraram-se infrutíferas.
“Mapeamos toda a área com a ajuda dos pescadores, mas não vimos o corpo. Contudo, detetamos uma zona onde acreditamos que ele possa estar enterrado”, relatou um dos responsáveis pela investigação à CNN.
As autoridades adiantaram ainda que a missão foi feita “à distância” para evitar conflitos com a tribo, já que é “uma zona muito sensível”, mas que vão continuar a tentar. Por enquanto estão reunidos com antropólogos e psicólogos para tentar encontrar a forma mais segurar de resgatar o corpo de John.
Recorde-se que os sentineleses vivem em completo isolamento na remota ilha Sentinela do Norte há dezenas de milhares de anos. A Índia protege este território com uma lei que proíbe a entrada de “estranhos” na ilha para impedir que os indígenas contraiam doenças, visto que não estão imunes por viverem isolados da sociedade moderna, e para que estes não matem quem os visite.