Os militares pró-governamentais, apoiados por ataques da aviação saudita, entraram na cidade de Hodeida na quinta-feira, tendo avançado alguns quilómetros para sul e para leste em direção ao porto e, na noite de sexta-feira, tomaram o Hospital de 22 Maio aos rebeldes, segundo as mesmas fontes.
O Hospital de 22 de Maio é a principal instalação de saúde da cidade e serve de plataforma para que os aviões médicos aterrem e levantem.
A ofensiva militar em Hodeida foi suspensa em julho para dar tempo aos esforços dos mediadores da ONU - Organização das Nações Unidas.
Após o fracasso, em setembro, da mediação da ONU para chegar a um acordo político, a coligação anunciou que retomava o assalto à cidade de Hodeida, o que se intensificou a partir de 01 de novembro.
Desde 2015 que as forças lealistas, que fazem parte da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, tentam derrotar os huthis em vastas regiões no norte e do centro do país, incluindo a capital Saana, e que são apoiados pelo Irão.
Centenas de milhares de iemenitas fugiram da zona de Hodeida devido a esta ofensiva da coligação liderada pelos sauditas para tomar a cidade portuária do mar Vermelho aos rebeldes xiitas, de acordo com a agência da ONU para os refugiados.
Cerca de 445.000 dos residentes de Hodeida fugiram desde junho, um número que sublinha a difícil situação que se vive dentro e à volta da cidade que serve de principal ponto de entrada para alimentos e ajuda humanitária, indicou o Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
A população daquela região é de cerca de três milhões de habitantes, de acordo com números do Conselho de Refugiados Norueguês.
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