Madrid desconta esmolas dos sem-abrigo nos subsídios que lhes atribui

Um mendigo que solicite subsídio terá que apresentar uma estimativa daquilo que consegue em esmolas, diz o El País.

Notícia

© iStock

Notícias Ao Minuto
04/10/2018 16:05 ‧ 04/10/2018 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Comunidade

Na Comunidade de Madrid, quem pedir na rua, cantar no Metro ou recolher sucata e solicitar o Rendimento Mínimo de Inserção (RMI, o equivalente ao Rendimento Social de Inserção) tem que apresentar uma “declaração sob juramento” de uma estimativa do dinheiro que conseguem através daquelas práticas.

De acordo com o El País, os sem-abrigo que solicitam o RMI, com medo do processo não avançar, colocam um valor aleatório, que depois é submetido a um cálculo e é descontado do valor do subsídio, que em Espanha são 400 euros.

A mesma publicação indica que teve acesso a um exemplar do tal documento, datada de 20 de agosto, e que é dado ao mendigo um prazo de 10 dias para dar uma estimativa das suas esmolas mensais.

As organizações que lutam contra a exclusão social denunciam esta prática e acusam as autoridades de fiscalizar os mais necessitados, alargando o processo para cobrar rendimentos e, ao mesmo tempo, descartando candidatos.

“Por exemplo, um sucateiro que declare ganhar 100 euros num mês, o RMI é calculado de acordo com a tabela em vigor. Se no mês seguinte essa pessoa declarar que já não ganhou esse valor, volta-se a calcular o RMI de acordo com a sua nova situação económica e familiar”, indicou um porta-voz do Conselho para as Políticas Sociais.

A Rede de Luta contra a Pobreza em Madrid tece duras críticas à medida: “Acreditamos que a norma está a ser usada para inspecionar a vida dos pobres ao invés de ajudá-los a melhorar a sua situação. Entramos em situações absurdas como esta de perguntar quanto ganham a pedir dinheiro na rua. É uma vergonha”.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas