Num comunicado conjunto, o Presidente, o primeiro-ministro, o presidente do parlamento e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa checos declararam que a abertura de uma "Casa Checa" na cidade santa em novembro será "um primeiro passo para a mudança da embaixada checa para Jerusalém".
Jiri Ovcacek, o porta-voz do Presidente checo, o pró-israelita Milos Zeman, disse à agência noticiosa francesa AFP que "a Casa Checa" acolherá várias instituições checas dependentes do Governo de Praga.
"A Casa Checa será oficialmente inaugurada pelo Presidente durante a sua visita a Israel em novembro", precisou.
Milos Zeman, de 73 anos, conhecido pelas suas posições antimuçulmanas, defendia a mudança da embaixada da República Checa para Jerusalém antes mesmo de o Presidente norte-americano, Donald Trump, o ter feito, em maio.
A transferência da embaixada dos Estados Unidos desencadeou a indignação dos palestinianos, de tal forma que no dia da inauguração da nova representação diplomática em Jerusalém, os confrontos entre as forças israelitas e os palestinianos fizeram 60 mortos.
A decisão de Trump rompeu igualmente o consenso internacional sobre a questão do estatuto de Jerusalém, que deveria ser decidido no âmbito de um acordo de paz entre dois Estados.
Em maio, a República Checa reabriu o seu consulado honorário em Jerusalém, encerrado desde 2016, na sequência da morte da consulesa honorária.
A embaixada checa está em Telavive desde 1949, embora tenha cessado as suas atividades entre 1967 e 1990 devido ao corte de relações diplomáticas entre o regime comunista checoslovaco e Israel.