Paredes manchadas pelo fogo são tudo o que resta do incêndio que, este domingo, consumiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil. Em menos de nada, 200 anos da História de um país ficaram reduzidos a cinzas. Do Museu restam apenas as memórias do que, outrora, foi.
E a indignação perante esta tragédia já saiu às ruas, com a população a manifestar-se junto ao Museu em protesto contra Temer.
Em causa está o facto de, nos últimos meses, o Brasil ter assistido a cortes orçamentais nas áreas da Investigação, Cultura e Ciência. Recorde-se que o país começa agora, ainda que timidamente, a sair de uma recessão histórica, depois de ter estado mergulhado numa dívida pública abissal e em sucessivos escândalos de corrupção.
Considerado o maior museu de História Natural da América Latina, o Museu Nacional, que assinalou em junho o seu bicentenário, albergava cerca de 20 milhões de peças de valor incalculável e uma biblioteca com mais de 530.000 títulos.
Saliente-se ainda que entre as cinzas está uma coleção egípcia, uma outra de arte e de artefactos greco-romanos, coleções de paleontologia - que incluíam o esqueleto de um dinossauro encontrado na região de Minas Gerais - bem como o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, ‘Luzia’. Um dos únicos vestígios preservados foi o enorme meteorito com mais de cinco toneladas, que continua em frente à entrada do espaço.
Veja, na galeria, as imagens do rescaldo do incêndio.