Ignorou conselhos de três médicos e venceu cancro na gravidez

Esta é a história de Leigh Ingram, a quem foi diagnosticado cancro às 16 semanas de gestação.

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Filipa Matias Pereira
03/07/2018 23:55 ‧ 03/07/2018 por Filipa Matias Pereira

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Um dia, eis que a boa notícia chega. O filho que tanto ansiou está, finalmente, ‘abraçado’ pelo ventre da mãe. Seguem-se dias da mais pura e genuína felicidade. Os sonhos começam então a ganhar forma e à medida que a gestação avança, no horizonte, flutuam imagens do momento em que os pais poderão, finalmente, acalentar o recém-nascido.

Porém, um dia. Este sonho, que parecia inabalável, desmorona-se perante a ameaça de uma ‘nuvem negra’. A oscilação entre dois mundos tão distantes. Um dia, a felicidade. No outro, a tristeza, a dor, o receio. Esta a história de Leigh Ingram que, como narra a estação de televisão South Bend Indiana, foi aconselhada a pôr termo à gravidez quando foi diagnosticada com cancro.

Porém, antes de interromper a gravidez, a gestante optou consultar outros especialistas para uma segunda opinião clínica sobre o caso.

Às 16 semanas de gestação, Leigh foi diagnosticada com cancro da amígdala que é também referido como uma condição do tumor da garganta. Já entre a comunidade médico-científica é conhecido como cancro da orofaringe.

Começaram, então, os exames e as reuniões entre especialistas para traçar o futuro de Leigh Ingram e do bebé que carregava no ventre. E três médicos foram unânimes, sentenciando o fim da gravidez para que a mãe pudesse, então, dar início ao tratamento. “Apesar de três médicos me terem dito que devia interromper a gravidez, senti que precisava de ouvir um clínico de outra instituição para ter a certeza de que estava realmente a fazer a coisa certa”, recordou ao meio de comunicação.

Leigh e Mike Ingram, o marido, procuraram então uma segunda opinião na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e ainda uma terceira na Universidade da Califórnia em San Diego. E foi com Parag Sanghvi, oncologista em San Diego, que o casal encontrou uma resposta positiva. A resposta que tanto ansiavam: que era possível delinear um plano de tratamento e manter a gestação.

De acordo com a abordagem clínica, o especialista optou por realizar, primeiro, uma cirurgia para remoção do tumor. Mas o pesadelo não terminaria por aí. Seis meses depois, o tumor recidivara e aparecia na outra amígdala, o que significaria mais uma cirurgia, à qual se seguiriam seis semanas de radiação.

Leigh Ingram foi tratada e, hoje, a pequena Layne tem um ano. De acordo com as declarações do médico à estação televisiva, a paciente “também beneficiou do facto de ser tratada numa instituição que tem especialistas de várias áreas, nomeadamente oncologistas, radiologistas, especialistas em cuidados fetais maternos e a unidade de terapia intensiva neonatal”.

Mas não é necessário atravessar um oceano para encontrar casos semelhantes. Em Portugal, como Nelson Marques conta em 'Filhos da Quimio', há histórias de mulheres cuja vida se cruzou com o cancro. Releia aqui a reportagem sobre o tema.

 

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