"Eu amo-te, meu rapaz. Sê forte e luta, não fiques triste. Deus vai proteger-te e vamos estar juntos em breve”.

Esta é a carta que uma mãe desesperada escreveu, destinada ao seu filho, de sete anos, na esperança de que o possa reencontrar em breve.

A autora da carta, dá conta a CNN, não quis ser identificada, mas é uma das muitas mães que ficou afastada do filho na fronteira entre os Estados Unidos e o México, devido à política de “tolerância zero” da administração Trump.

Esta mulher, natural das Honduras, fugiu do país devido a ameaças de morte vindas de um gang local. Assim que atravessou, de forma ilegal, o Rio Grande, a mulher pediu asilo, mas o pedido continua em suspenso.

Devido à política de “tolerância zero”, em que qualquer pessoa que atravesse ilegalmente fronteira é imediatamente alvo de uma acusação federal, mesmo que tenha crianças a seu lado, milhares de crianças foram afastadas dos seus pais.

O caso desta mulher, cuja carta foi divulgada pela advogada Eileen Blessinger, é um deles.

Um guarda fronteiriço disse à mulher que podia deixar o filho ao seu cuidado enquanto ela era presente a tribunal. Quando regressou, contudo, o paradeiro da criança de sete anos era desconhecido. Passadas duas semanas, esta mãe continua sem saber onde está o filho nem quando o irá encontrar.

Leia, abaixo, a carta completa:

"Para: A razão da minha vida

Deus vai ajudar-nos, meu lindo céu, a que nos voltemos a ver.

Eu amo-te muito, meu rapaz.

Sê forte e luta, não fiques triste.

Deus vai proteger-te e vamos estar juntos em breve.

Eu amo-te.

Eu adoro-te.

A mãe ama-te e eles nunca nos vão separar."