Uma magistrada da Galiza, em Espanha, poderá ser alvo de medidas disciplinares depois de se tornar público que tem um segundo trabalho como vidente, recebendo dinheiro por essa função.
María Jesús García Pérez, de 55 anos de idade, lê cartas de tarot em troca de uma soma em dinheiro, algo que o Conselho Geral de Poder Judicial (CGPJ) não vê com bons olhos, dizendo que são “atividades incompatíveis com a sua posição”.
A notícia foi avançada pelo jornal espanhol El Progreso, que enviou um jornalista a uma das sessões da magistrada.
O El Confidencial escreve agora que María Jesús já antes dançou como ‘stripper’ quando exercia a sua função como juíza nas Canárias, em 2001, mas que o corpo de juízes galego não a sancionou na altura porque não se provou que cobrava dinheiro. A própria justificou que o fazia por lazer.
No caso do part-time como vidente, é diferente. A magistrada distribui ela própria os panfletos que fazem publicidade aos serviços de leitura de cartas e clarividência, indicando que tem “uma vasta experiência” e requer pagamento. O jornalista do El Progreso, por exemplo, pagou 15 euros pelo serviço.
María Jesús, porém, já foi antes notícia por outros motivos, como por fumar na sala de tribunal durante os intervalos das sessões ou ter levado o gato consigo algumas vezes.
De acordo com El Progreso, é esperada para esta semana uma decisão do CGPJ com relação a este caso.
