Regra geral durante o dia, a obstrução num dos lados muda e a outra narina ‘começa o seu trabalho’. Mas porquê?
Este processo é automatizado pelo sistema nervoso autónomo, que controla muitas outras funções no seu corpo, tal como a digestão ou a frequência cardíaca.
Relativamente ao nariz, este sistema controla o ciclo nasal, para que cada narina opere o mais eficientemente possível.
De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina, norte-americana, o ciclo nasal ocorre várias vezes ao dia, e só é notório para os indivíduos caso o nariz se encontre obstruído mais do que o ‘normal’.
Para que um lado do seu nariz abra e outro feche, o corpo enche-se de tecido sanguíneo, do mesmo modo que um homem experiencia uma ereção, exceto, que neste caso acontece no nariz.
“Um aumento do fluxo sanguíneo provoca o congestionamento de uma das narinas durante cerca de três a seis horas, mudando depois para o outro lado. Também ocorre um bloqueio adicional quando está deitado, e que se nota sobretudo caso a cabeça esteja voltada de lado”, explicou a médica Jennifer Shu à publicação CNN.
Os cientistas creem que o ciclo nasal está relacionado com o olfato. Alguns cheiros são melhor identificados quando se expira rapidamente pelo nariz, enquanto que outros demoram mais tempo a serem processados e são mais eficazmente detetados quando o ar é respirado lentamente.
Ou seja, se um lado do nariz está totalmente desimpedido e se o outro está ligeiramente obstruído, o organismo consegue detetar todos os cheiros que o rodeiam.
Este processo também dá uma ‘folga’ ocasional a cada narina, já que um fluxo constante de aspiração de ar pode secar o nariz e aniquilar os pequenos pelos que o protegem dos ataques exteriores, como gases poluentes.