Antidepressivos: Por quanto tempo?
Há quem os tome durante anos embora o seu consumo deva ser bem mais limitado.
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Lifestyle Depressão
Segundo o relatório do ano passado do centro nacional americano de Estatísticas da Saúde, 13% da população com mais de 11 anos já tomou antidepressivos. Destes, dois terços mantiveram a medicação por mais de dois anos e um quarto da referida população toma-a por, pelo menos, uma década.
A toma de antidepressivos é bastante comum e não se cinge aos Estados Unidos. Além da depressão, são usados para diversas outras situações mas o maior problema, principalmente associado a doentes depressivos, está no facto de quem os consome não ouvir os médicos e respeitar as doses que lhe são indicadas, por considerarem não fazer efeito. Em vez disso, sentem-se capazes de ‘auto-prescrever’ o que consideram ser mais indicado ao seu caso pessoal, o que leva a vício ou outros problemas.
Para o evitar, importa manter um acompanhamento próximo por parte de um especialista. Aponta Roger McIntry, professor de psiquiatria e farmácia da Universidade de Toronto que o ideal será manter uma ida ao médico a cada três ou seis meses. Deste modo, mesmo no caso de depressões muito longas, será possível manter o doente estável durante todo o processo de tratamento.
Em casos de um primeiro episódio de depressão, especialistas apontam um período médio de entre quatro a nove meses, que deve ser interrompidos quando o doente se sentir bem, não quando pensa em desistir porque os efeitos secundários da medicação são maus.
Aos que desenvolvem três ou mais episódios de depressão e têm tendência depressiva, é aconselhado uma atenção redobrada e constante acompanhamento, mas tal não significa que se tome a medicação por toda a vida.
Em todo o caso, quando chegada a altura de deixar de tomar antidepressivos, é necessário que se dê a mesma atenção oferecida na altura da prescrição da medicação e orientar uma fase de transição (não parar a toma daquela droga de um momento para o outro).
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