A dúvida é mais que legítima, já que este não é um mito que nasce apenas de ouvir falar, mas que se lê nos folhetos de alguns antibióticos que listam a pílula como um dos potenciais medicamentos que perdem ação.
Diz Susana Pesci, especialista em medicina familiar, que há contudo muitos poucos antibióticos que anulam o efeito contracetivo da pílula – algo que não tende a acontecer com um tempo médio de uma semana de medicação. A especialista aponta ainda que o impacto deste medicamento aquando misturado com outros está muito exagerado.
De uma pequena pesquisa ao Google chega a informação pouco concreta onde é descrito que qualquer antibiótico pode anular a eficácia da contraceção.
Quanto aos casos verídicos de gravidezes aquando da toma da pílula, devem-se por vezes ao facto de, por se estar doente, o vómito ou diarreia ter impedido a absorção eficaz das hormonas da pílula, ou seja, a gravidez não foi evitada pela doença em si, e não pelo antibiótico. Para o evitar, importa ter em conta que o processo de absorção da pílula pelo organismo dura cerca de duas horas.
E as exceções à regra?
Rifampicina é o nome sobre o qual deve ter atenção por ter de facto efeito anulador ou de ineficácia sobre a pílula. Este e, todavia, um antibiótico pouco comum prescrito para tratamento de tuberculose.
A sua ação atua no fígado onde processa a pílula, eliminando parte da mesma do seu organismo ao ponto de não ser possível a sua ação eficaz no impedimento da ovulação.