Não existem heterossexuais, garante estudo
Um indivíduo pode verbalizar a sua orientação sexual, mas a resposta corporal indica informação contrária. No fundo, não há orientações fixas e a sexualidade humana é algo flúido, aponta um grupo de investigadores
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Lifestyle Orientação sexual
Tal estudo pretendia desmistificar a ideia culturalmente definida de que a orientação sexual se define apenas como heterossexual ou gay. Mais recentemente, a bissexualidade passou a ser tida em conta, mas a sociedade nunca se desvinculou desta ideia de caraterísticas bem definidas em termos sexuais. Apesar disso, os investigadores não ficaram surpresos por concluir que o tema é bem mais complexo, focando-se na necessidade de provar que um indivíduo não tem de se definir por uma ou outra orientação, o que acontece frequentemente, levando alguns indivíduos a acreditar que são algo que não corresponde ao que verdadeiramente sentem”.
Através das respostas fisiológicas analisadas durante a visualização de material pornográfico, por parte da amostra analisada, concluiu-se que, apesar de os indivíduos indicarem uma certa orientação sexual, os seus corpos responderam positivamente tanto ao sexo heterossexual como ao homossexual. Tal conclusão foi mais notória no caso das mulheres.
Uma análise à resposta genital permitiria resultados mais conclusivos, contudo, e como refere o responsável pelo estudo, “tal seria um pouco invasivo”. Ainda assim, dos resultados desta análise os investigadores pretendem avançar com a ideia de conceito ‘maioritariamente heterossexual’, algo que já se reconhece nas mulheres, que mais do que os homens se assumem como heterossexuais, “mas se a mulher certa aparecer, talvez ela não exclua a hipótese”, aponta um dos especialistas que admite que, até então, se achava que este era um fenómeno apenas visto nas mulheres.
Em vez disso, parece que o fenómeno é comum a ambos os sexos, que apenas se retraem por questões sociais e culturais. Contudo, os estudiosos acreditam que as barreiras estão a cair, o que é algo positivo já que “oferece às crianças e jovens em crescimento uma maior diversidade de opções, para que não se sintam que têm de se ‘encaixar’ no que a sociedade define"
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