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Dieta ácida: O que é e o impacto que pode ter

Falámos com Lynda Frassetto, mundialmente conhecida como especialista em equilíbrio ácido-base, nutrição e doença renal. Descubra o que precisa de saber sobre a dieta ácida.

Dieta ácida: O que é e o impacto que pode ter
Notícias ao Minuto

08:30 - 29/10/17 por Vânia Marinho

Lifestyle Lynda Frassetto

Lynda Frassetto, médica nefrologista e professora catedrática na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América, esteve presente no Congresso Europeu de Nutrição Funcional, onde falou sobre a carga ácida da dieta e do impacto que tem nos rins.

Em entrevista, por e-mail, ao Lifestyle ao Minuto revelou que apesar de todos os alimentos conterem substâncias químicas que são metabolizadas em ácidos, a dieta ocidental, tipicamente baixa em frutas e vegetais, é uma dieta particularmente ácida.

Fazer uma dieta ácida tem impactos no corpo. Sendo que “os ácidos podem afetar muitos sistemas do corpo, incluindo ossos, músculos, função renal, função hormonal e recetores da dor”, explica a especialista.

As pessoas que sofrem de doença renal são particularmente afetadas por fazerem uma dieta ácida, uma vez que “são os rins que excretam os chamados ácidos metabólicos - os ácidos não-CO2 produzidos pelo organismo como os ácidos sulfúrico ou fosfórico”.

Mas Lynda Frassetto indica quefazer uma dieta rica em frutas e vegetais, graças aos aniões orgânicos metabolizáveis em bicarbonato que estes alimentos contêm, “pode potencialmente neutralizar os ácidos da dieta e dos processos metabólicos endógenos”.

A especialista revela ainda que “em sistemas in vitro, como culturas celulares e modelos animais, com níveis mais severos de acidose metabólica, pode-se mostrar que neutralizar os ácidos no sistema de teste pode prevenir os efeitos do ácido”.

Já em modelos humanos de acidose menos grave, destaca, “existem estudos epidemiológicos que não sustentam os efeitos da base em ossos, por exemplo, e estudos controlados randomizados que o fazem”.

No entanto, “há vários estudos randomizados que mostram que ao neutralizar o ácido em indivíduos com doença renal crónica estadio 2, devido à hipertensão, estes têm uma progressão mais lenta da doença renal se lhes for dado bicarbonato em vez de cloreto de sódio ou placebo. Há alguns estudos que sugerem que o consumo de bicarbonato diminui a degradação muscular e melhora a função muscular em pessoas mais velhas (com presumivelmente menor taxa de filtração glomerular [indicador de doença renal] do que as pessoas mais jovens)”.

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