Há muito que a alimentação japonesa é apontada como a chave para a boa saúde e longevidade. Este ano, a própria Organização das Nações Unidas (ONU) deixou claro que a alimentação ao estilo nipónico é um modelo a seguir em todo o mundo, não fosse o Japão um dos países com menor taxa de obesidade a nível global.
Para o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, "é uma cultura alimentar única e saudável que inclui vegetais, frutas e peixes", afirmou.
O objetivo da ONU, como lhe revelámos aqui, é usar o exemplo japonês no combate a dietas inadequadas, que têm uma ligação direta com doenças crónicas como a diabetes, o cancro e os ataques cardíacos e derrames.
Esta ideia de que a alimentação japonesa é das mais saudáveis ganhou ainda mais força com um recente estudo publicado na revista científica The BJM, que revela que comer como um japonês dá saúde e pode mesmo ser a promessa mais real de uma vida longa.
Diz o estudo, citado pelo Deporte y Vida do jornal AS, que dos 79.594 participantes, aqueles que seguiram uma dieta japonesa de forma rigorosa apresentaram, passados 15 anos, uma esperança média de vida 15% maior, estando menos propensos a morrer por qualquer causa cardiovascular ou cerebral.
Como explica a publicação, a dieta japonesa é pautada pelo consumo equilibrado de energia, isto é, de calorias, todas elas oriundas de grãos, verduras, frutas, carne, peixe, ovos, produtos de soja (como o tofu), laticínios bebidas alcoólicas (como o vinho, a cerveja e o whisky). Os fermentados (probióticos) são também comuns neste regime alimentar.
Os alimentos processados - que são um dos maiores vilões da saúde atual - são excluídos, assim como o açúcar, também ele um tremendo inimigo.