Já lhe aconteceu estar a levantar pesos e ao fim de várias repetições, chega a uma que simplesmente não consegue completar? Ou estar a fazer flexões e numa delas não consegue esticar os braços para levantar o corpo? Se sim, isso indica que chegou ao limite, espoletando a falha muscular.
Isto não quer dizer que realizou algum movimento errado, mas sim que chegamos à ativação máxima das fibras musculares. Os treinos para 'operações biquíni' e de culturismo são muitas vezes associados à ponto máximo da falha muscular, uma vez que o objetivo é muitas vezes aumentar a massa muscular.
Consiste em empregar grandes sobrecargas e fazer um número limitado de repetições, até que se chega a um momento em que não se pode mais.
Alguns especialistas alertam que esta técnica pode ser arriscada. Josep Mª Padullés, especialista em alto rendimento de desportos de equipa e treinador da Seleção Espanhola de Atletismo, diz ao El País que "mesmo para as pessoas que treinam habitualmente", "parece arriscado chegar até à falha [muscular] porque isso implica a perda de outras capacidades, como a velocidade e a própria força".
Além disso, um estudo publicado na Sports Medicine alerta que não está provado que treinar até à falha muscular, ou até não pode mais, ajude a obter mais força ou volume muscular.
Os especialistas avisam que treinar até não conseguir mais aumenta o risco de lesão e pode até levar ao 'burn out' de quem treina, que pode acabar por perder a motivação depois de tantos treinos até à exaustão.
No entanto há quem destaque que se está técnica for executada a velocidades controladas e com uma técnica bem aperfeiçoada, não é tão perigosa.