Enquanto algumas pessoas usam perfumes diariamente e nada lhes acontece, outras não podem aplicar uma gota que seja para que tenham logo uma reação alérgica. A sensibilidade a determinados componentes usados em fragrâncias ou produtos perfumados não só é comum, como pode ser bastante penosa.
A dificuldade respiratória é a consequência mais comum, mas podem ainda ocorrer sintomas como dores de cabeça e problemas cutâneos. Esta é a conclusão de um recente estudo da recente estudo da Escola de Engenharia da Universidade de Melbourne.
De acordo com a revista Health, a investigação concluiu que as reações alérgicas a perfumes ou produtos perfumados podem ser bem mais graves do que as pessoas pensam e que nem sempre é fácil olhar para os sintomas como um sinal claro de sensibilidade à fragrância, uma vez que são facilmente confundidos como causa de outras condições, como o stress.
Publicada na revista Preventive Medicine Reports, a investigação incluiu a análise a vários tipos de produtos que possuem componentes de aroma na sua composição, como perfumes, produtos de higiene íntima, ambientadores, produtos de limpeza e ainda detergentes de roupa. Dos 1,100 participantes no estudo, um terço confessou ter sofrido uma ou mais vezes algum tipo de alergia ao entrar em contacto com este tipo de produtos.
A dificuldade respiratória foi apontada por 17% dos participantes como principal consequência, seguindo-se a dor de cabeça (10%) e os problemas de pele (9,5%). Os ataques de asma foram recorrentes em 7,6% dos casos, assim como a náusea e a fadiga (5%) e os problemas cognitivos, denunciados por 4,1%. Os problemas intestinais ocorreram em 3,3% dos participantes.
No caso dos perfumes falsificados, as consequências podem ser mais nocivas, como lhe contámos aqui. Contudo, o uso de determinados ingredientes pode também impulsionar as reações alérgicas.