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A ciência da mentira. Quantas dizemos e por que motivo o fazemos

Com ou sem maldade, a mentira é uma constante no dia a dia e não vale a pena negar, todos nós já contamos uma.

A ciência da mentira. Quantas dizemos e por que motivo o fazemos
Notícias ao Minuto

08:18 - 24/01/17 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Comportamento

Existe a mentira maldosa, a mentira piedosa, a mentira imaginativa e a mentira compulsiva. Independentemente do tipo, mentir é um ato condenável mas, mesmo assim, é constante em todas as sociedades. Sim, até mesmo a pessoa mais honesta já contou uma ou outra mentira.

Embora a mentira seja muito associada às pessoas maldosas e às crianças – que não mentem por mal, mas sim por terem uma imaginação sem fim – e possa mesmo ser espelho de uma condição mental, como acontece com a mentira compulsiva, a verdade é que todos nós mentimos em algum momento das nossas vidas. Segundo um estudo da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, a mentira é bem mais frequente do que pensamos.

Dizem os investigadores norte-americanos, citados pelo Buena Vida do El País, que mentimos duas vezes por dia, número que se aproxima do que foi avançado pela Universidade Estatal do Michigan, que adianta que cada pessoa diz, em média, 1,65 mentiras por dia.

Mas, se ‘mentir é feio’, porque é que o fazemos? A ciência ainda não conseguiu encontrar uma resposta concreta para a pergunta, mas os profissionais ligados à Psicologia e Psiquiatria foram capazes de traçar o perfil do mentiroso e, com isso, encontrar os fatores que podem estar na origem do hábito de mentir.

Uma investigação da Universidade de Ciências Médicas de Wroclaw, na Polónia, encontrou as duas principais motivações para mentir: a proteção e a tentativa de obter benefícios. No caso da proteção, o objetivo da pessoa que mente é evitar possíveis castigos, penalizações ou perdas pessoais; já no que diz respeito à obtenção de benefícios, o que leva alguém a mentir é mesmo o egoísmo, a ganância ou a proteção de terceiros. E quem mente? Diz o estudo de 2015 que são as pessoas mais egoístas e auto-defensivas. Já a investigação da Universidade de Michigan diz que são os mais novos quem mais mente.

Contudo, o perfil do mentiroso não se fica pelo egoísmo e proteção. Conta ainda o Buena Vida que uma investigação da Universidade da Califórnia, também nos Estados Unidos, concluiu que “as pessoas que mais mentiras dizem são na realidade mais manipuladoras e irresponsáveis do que as pessoas que dizem menos mentiras”. Mas, não fique a pensar que as pessoas que mentem são más. O contrário também acontece e o mesmo estudo indica que as pessoas mais mentirosas “também se preocupam profundamente com o que os outros pensam e são mais extrovertidas”, podendo a mentira estar associada à vontade de agradar, proteger e mostrar utilidade.

E como a mentira é um tema mais complexo do que pensamos, a ciência defende ainda que o hábito de não dizer a verdade (ou de inventar) pode estar associado a uma baixa autoestima e à tentativa de esconder os próprios fracassos, sendo comuns aqui as mentiras vistas como ‘piedosas’. Porém, o perfil mais comum do mentiroso inclui pessoas manipuladoras e maquiavélicas, sendo estas mais propensas a contar mentiras maldosas e falsas verdades apenas com o objetivo de mostrar superioridade ou beneficiar com algo.

Por estar tão enraizada na sociedade, a mentira é já parte do quotidiano e algumas pessoas acabam mesmo por não saber viver sem a mentira, algo que traz consequências a nível cognitivo. Um recente estudo da University College of London revelou que as pessoas que contam constantemente pequenas mentiras acabam por se ‘habituar’ a tal, não sentindo qualquer culpa pela ‘falsa verdade’ que contam.

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