Miomas uterinos, esteja atenta aos sintomas
São os tumores benignos mais comuns do trato genital feminino e afetam cerca de dois milhões de mulheres em Portugal.
© iStock
Lifestyle Alerta
Os miomas uterinos não têm uma causa conhecida e podem afetar qualquer mulher. Sendo que afetam cerca de 50% das mulheres a partir dos 35 anos e cerca de 70% das mulheres acima dos 40 anos.
O Lifestyle ao Minuto falou com a Dra. Filipa Osório, ginecologista no Hospital da Luz, sobre este problema que se pode tornar mais notável no verão, devido à utilização de roupas mais finas e claras.
Apesar de alguns miomas não terem sintomas, os que têm podem ser mais notados nesta altura do ano e por isso deve estar atenta. A especialista explica que os sintomas podem passar por hemorragias ou menstruações abundantes e prolongadas, barriga inchada, prisão de ventre, aumento da frequência urinária ou desconforto como se tivesse um peso no útero.
Destes sintomas podem ainda decorrer anemia, cansaço e falta de força. E nem sempre os sintomas são valorizados. A Dra. Filipa diz: “Uma mulher que já está habituada a ter muitas hemorragias às vezes vai ao médico tardiamente. Vai adiando e perdendo as suas reservas de ferro até chegar a um estado de anemia grave.”
O diagnóstico é feito rapidamente pela observação médica e pela ecografia. Aqui “verifica-se se há ou não miomas e que implicações é que eles podem ter - pois há miomas que crescem para dentro do útero, outros que estão no músculo do útero e outros que crescem para fora do útero”, explica.
E acrescenta: “Os que crescem para dentro do útero são os mais sintomáticos e geralmente estão associados às hemorragias, os outros podem dar queixas ao nível do volume ou de compressão”.
Quanto ao tratamento, no passado regra geral faziam-se histerectomias - cirúrgica ginecológica que consiste na retirada do útero – mas atualmente a “tendência é para se tratar com medicação, como o acetato de ulipristal, que permite reduzir o tamanho dos miomas, as dores e as hemorragias, permitindo às mulheres manter o útero”, como explica Daniel Pereira da Silva, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia.
A Dra. Filipa Osório deixa ainda um aviso: “Todas as mulheres devem fazer uma consulta anual de ginecologia. E em caso de dúvida [sintomas] é sempre melhor ver do que deixar andar.”
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com