A ciência diz que só conseguimos ter até cinco amigos próximos de cada vez. Sim, por muito grande que seja o grupo, há sempre a tendência para preferir uns em detrimento de outros.
A conclusão é de um estudo conjunto entre as universidades de Oxford e de Aalto que indica ainda que cada pessoa é capaz de criar apena 150 relações significativas ao longo da vida, mas que nem todas são amizade.
Para o britânico Robin Dunbar – autor do estudo e desta teoria com mais de 20 anos – as pessoas têm cinco amigos próximos, dez pessoas relativamente próximas, 35 mais ou menos próximas e 100 que estão no círculo de amigos por meras afinidades ou coincidências (como acontece com os amigos de amigos).
Conta o Huffington Post que Dunbar recorreu, recentemente, às chamadas e mensagens de telemóvel trocadas durante o ano 2007 num país europeu que não foi, ainda, identificado pelo autor.
Ao todo foram analisadas 35 milhões de ligações e, à data da recolha dos dados, o antropólogo focou-se nas funções básicas dos telemóveis pois as redes sociais não tinham ainda um grande relevo na vida das pessoas.
Assim que analisou todos os dados, Dunbar revela – numa investigação publicada no site Arxiv em abril – que a sua teoria de 1990 não estava longe da realidade. Conta a sua investigação que a média de pessoas próximas (ou seja, a média de amigos reais) é de 4,1 para cada indivíduo. Depois, cada pessoa tem ainda 11 amigos relativamente próximos, 29.8 relativamente próximos e 128,9 pessoas na última camada de amizade.
