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Sente-se uma fraude? Não está sozinho
São muitas as pessoas que não se sentem tão capazes como realmente são. Já ouviu falar na síndrome do impostor?
© iStock
Lifestyle Comportamento
Acredita que qualquer dia vai ser descoberto e que não tarda as pessoas saberão que não é tão bom como diz (ou dizem) ser? Sente-se uma fraude? Não fique triste, há mais pessoas a passar pelo mesmo.
Diz a BBC que a síndrome do impostor – condição que faz com que as pessoas se sintam menos capazes do que realmente são, temendo ser descobertas por tal – é mais comum do que se pensa e afeta, sobretudo, os criativos, os artistas (da música à literatura, passando pelo cinema), os empresários e até mesmo os médicos.
As mulheres são as que mais tendem a culpar a sua (mesmo que imaginária) falta de capacidade pelo fracasso, enquanto os homens costumam culpar fatores externos pelo insucesso. Contudo, quanto mais melhorarem o desempenho no trabalho ou no projeto que estão a desenvolver, mais impostoras as pessoas se sentem.
As redes sociais, diz a publicação, são também uma forma de aumentar esta sensação de fracasso, uma vez que apenas são publicadas as fotografias dos bons momentos, mesmo quando representam apenas 5% do dia. A consciência de que se está a mostrar uma realidade que não é a total faz com que as pessoas se sintam ainda mais fracassadas e temam ser desmascaradas.
A síndrome do impostor foi descoberta na década de 70 e caracteriza-se ainda pela capacidade das pessoas atribuírem os louros do sucesso não à própria capacidade, mas a fatores como sorte ou ajuda externa.
Segundo a psicóloga Valeria Young, as pessoas que se sentem uma fraude devem, em primeiro lugar, conversar abertamente consigo mesmas, pois só assim conseguirão ter consciência de que são realmente capazes e que o sucesso acontece porque são boas no que fazem e não porque tiveram a mera sorte de estar no local certo à hora certa.
Será tudo uma questão de confiança (ou falta dela?)
Enquanto umas pessoas se sentem uma fraude por não acreditarem naquilo que valem, outras são altamente confiantes embora não passem de meras incompetentes.
A isto dá-se o nome de fenómeno Duuning-Kruger, descoberto num estudo (1999) que concluiu que as pessoas que têm pior desempenho são as que tendem a classificar de forma mais negativa as próprias habilidades.
O contrário acontece entre os mais confiantes, que, embora incompetentes, foram mais positivos nas avaliações e, por isso, mais bem-sucedidos.
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