Tudo começou quando, apenas com sete anos, um amigo do pai lhe pediu para esconder alguns objetos no bolso, numa loja. Desde então, Laura (nome fictício) não se recorda do que é não roubar.
Esta cidadã britânica contou à BBC o que é viver com o vício da cleptomania, um distúrbio psicológico que a faz roubar compulsivamente.
“Fazia isso quando queria ter algo. Se pedia aos meus pais para me comprarem alguma coisa que eles recusavam, então eu roubava. Agora a situação está descontrolada”, desabafou, referindo-se a uma prática de há 2 anos.
De roubos de brinquedos em casa dos colegas e roubos às amigas mais próximas, passou para as superfícies comerciais. O pico de adrenalina é, mais do que uma forma de diversão, uma necessidade.
Quase todos os dias Laura rouba alguma coisa. É mãe, mas nem isso a impede de cometer o crime. O caminho que os filhos possam seguir é a sua principal preocupação. Ao marido, nunca contou o distúrbio que sofre.
“Se puder roubar, vou fazê-lo. O meu cérebro diz-me para chegar e pegar seja no que for”, revelou.
Laura já experimentou terapia cognitivo-comportamental, que só surtiu efeito nas primeiras semanas. Agora seguiu outra via: está a tentar que a hipnose a liberte do vício.