São muitas as pessoas que simplesmente não conseguem dormir bem. Por muito saudável e controlada que seja a alimentação, por muita atividade que pratiquem, por pouco stress que sintam… a noite nunca é tranquila.
Em muitos casos, os comprimidos para dormir são a solução encontrada. Mas serão a melhor? Sim, desde que não sejam usados a longo prazo e até mesmo quando já não são necessários.
O alerta é dado por Diego Garcia-Borreguero, diretor do Instituto de Pesquisa do Sono (IIS) espanhol. Segundo o especialista, “com o tempo, o efeito indutor do sono está perdido” e o comprimido já nada fará pelo sono tranquilo, podendo mesmo prejudicar a capacidade de manter a tranquilidade em períodos de insónia. Além disso, a dificuldade em manter o sono provoca alterações cerebrais que favorecem um declínio na capacidade mental
E é esta falta de acção (por uso excessivo) que pode ter efeitos nocivos na saúde. Alguns dos comprimidos tomados (com prescrição ou não) podem levar a casos de amnésia retrógrada, isto é, a falta de lembrança de tudo o que aconteceu enquanto o comprimido fazia efeito, explica o especialista ao El País.
Quando a toma destes comprimidos é contínua – e mais uma vez com ou sem prescrição médica – é possível que o abandono da medicação seja marcado por períodos de pesadelos.
Respondendo, agora, à questão inicial, entre tomar comprimidos para dormir ou contar carneiros, o melhor é mesmo procurar sempre o aconselhamento médico, uma vez que, com ou sem prescrição, estes fármacos podem causar sintomas secundários ou até mesmo agravar a situação.