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Amizades de longa data fazem bem à saúde? Estudo responde

Manter amizades por muito tempo pode prolongar também a sua saúde, mas tudo depende do tipo de amizade. Este estudo revela que as pessoas que nos são mais próximas podem representar um indicador de saúde, na medida em que permitem e influenciam os nossos hábitos ou estados de humor.

Amizades de longa data fazem bem à saúde? Estudo responde

© Shutterstock

Inês Morais Monteiro
16/10/2025 09:40 ‧ há 10 horas por Inês Morais Monteiro

Lifestyle

Amizade

Se tem uma amizade de longa data também já deve ter identificado alguns padrões comportamentais e, muitos deles até já os pode ter adquirido devido aos efeitos do convívio. Outros até já podiam coincidir com os seus ou, de alguma forma, atender aos seus interesses pessoais.

 

Aliás, é improvável uma amizade construir-se somente pelas diferenças. Uma teoria da psicologia acerca de compatibilidade explica que são os pontos em comum que sustentam uma relação, seja ela de amor ou amizade.

"Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és" é a expressão que resume as conclusões geradas pelo estudo 'Cumulative social advantage is associated with slower epigenetic aging and lower systemic inflammation'. 

Como se verificou anteriormente, uma amizade pode influenciar a nossa saúde na medida em que, ao convivermos com determinadas pessoas, adquirimos comportamentos das mesmas.

Ao permitirmos que nos moldem estamos a definir traços novos que, certamente terão consequências na saúde, sejam elas boas ou más. Por exemplo, passar mais tempo com uma pessoa que tem hábitos de alimentação saudáveis, que se exercita e traça objetivos para o futuro é diferente de conviver com uma pessoa que fuma, bebe álcool todos os dias e não tem objetivos para o futuro.

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Ainda assim, ter um suporte emocional por perto, seja alguém da família ou uma amizade, pode ter um impacto positivo. Inclusive, os investigadores concluiram que a amizade é considerada uma "vantagem social associada a perfis de envelhecimento biológico mais favoráveis".

O mesmo estudo adianta que as amizades de longa data mostram contribuir para um "envelhecimento epigenético mais lento" e com uma "sinalização inflamatória reduzida", o que se traduz numa diminuição de doenças.

A par destas descobertas, este estudo concluiu que a religião e todas as crenças também podem representar um fator decisivo durante o envelhecimento, chegando a servir de "suporte" a algumas pessoas.

Estas "vantagens sociais" mencionadas pelos investigadores ao longo do estudo também relacionam desigualdades financeiras e níveis de escolarização com a forma como envelhecemos.

Dependendo de questões de políticas sociais, como medidas de redução de pobreza ou oportunidades de educação, é a união da sociedade que faz a diferença. Assim, os investigadores concluem que até a política aproxima e torna a sociedade mais solidária. A longo prazo identificaram isto como um fator positivo, semelhante ao da amizade no envelhecimento.

"Estas descobertas aumentam as evidências crescentes de que os recursos sociais estão incorporados nas vias fisiológicas que moldam o envelhecimento e a saúde", ou seja as conexões sociais estão "diretamente ligadas com a forma como envelhecemos", remata o especialista.

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