Jovens podem sofrer mais com os efeitos do 'ghosting' e do 'gaslighting'

Um novo estudo revelou que comportamentos de namoro como 'ghosting' e 'gaslighting' estão relacionsdos com o aumento da depressão e da paranoia, principalmente entre jovens adultos.

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Mariana Moniz
20/05/2025 13:50 ‧ há 3 horas por Mariana Moniz

Lifestyle

Saúde mental

Embora termos como 'ghosting' e 'gaslighting' se tenham tornado parte do debate cultural nos últimos anos, os seus efeitos psicológicos permaneceram, em grande parte, pouco estudados - até agora.

 

Co-liderado por investigadores da Universidade de Brighton, no Reino Unido, e da Universidade de Coimbra, este novo estudo pioneiro é um dos primeiros a examinar o impacto na saúde mental dessas experiências, cada vez mais comuns em relacionamentos românticos.

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Durante a investigação foram entrevistados 544 adultos, com idades entre os 18 e 40 anos, no Reino Unido, e foi explorada a forma como esses comportamentos subtis, mas prejudiciais, podem estar associados a problemas de saúde mental, como depressão e pensamento paranoico.

O estudo revelou ligações claras entre esses comportamentos e efeitos negativos na saúde mental dos participantes. O 'ghosting' e o controlo coercitivo foram associados ao aumento de sentimentos de paranoia, enquanto o 'gaslighting' foi associado a sintomas de depressão. 

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Os investigadores também apuraram por que é que as pessoas podem ter estes comportamentos. Nalguns casos, ou grupos, parece que o 'ghosting' pode ser usado para evitar conflitos ou por um senso de autoproteção -sugerindo que as motivações podem variar dependendo da situação.

Este estudo constatou ainda que pessoas mais jovens e com salário mais baixo correm maior risco de apresentar problemas de saúde mental associados a esses comportamentos. Isto aumenta a preocupação de que a cultura das aplicações de namoro e a comunicação digital - embora ofereçam conveniência e conexão - também podem estar a contribuir para uma crise de saúde mental mais silenciosa.

Deste modo, a investigação destaca como as experiências em relacionamentos românticos - mesmo aqueles que não envolvem violência física - podem afetar seriamente o bem-estar mental, e como a educação e o apoio nos relacionamentos precisam de evoluir para refletir as realidades do namoro moderno.

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