Sinus pilonidal. Há uma nova técnica para tratar velho problema

Este artigo é assinado pelo proctologista e médico cirurgião Eduardo Xavier, um dos pioneiros a usar esta abordagem.

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Notícias ao Minuto
06/10/2023 23:17 ‧ 06/10/2023 por Notícias ao Minuto

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Saúde

Como sabemos, o sinus pilonidal, também conhecido, embora erradamente, como quisto dermoide, é uma doença muito frequente principalmente nas idades mais jovens. Embora, geralmente, não se possa considerar grave, afeta muitas vezes a atividade normal do dia a dia podendo complicar-se por infeções de carácter agudo ou crónico. Para além da simples drenagem quando complicado de abcesso, o tratamento definitivo passa pela cirurgia para a sua remoção completa.

Existem várias técnicas cirúrgicas clássicas para o tratamento desta doença, sendo que todas elas têm em comum um pós-operatório muito doloroso, uma convalescença demorada e a necessidade por um período mais ou menos demorado, de tratamentos locais, (pensos), geralmente muito penosos para o doente. Em alguns casos, a cicatrização completa pode demorar várias semanas.

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Para além de tudo isto, existe ainda possibilidade de recidiva, necessitando novo procedimento cirúrgico com repetição de mais um ciclo de sofrimento. Estas perspetivas levam frequentemente à não aceitação da cirurgia por parte de muitos doentes implicando que, muitos deles, durante anos, no seu quotidiano sejam incluídos cuidados especiais de higiene e de desinfeção.

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Felizmente, novas abordagens cirúrgicas possibilitam já uma mudança radical deste panorama. Embora ainda não muito divulgada, a técnica de remoção do sinus pilonidal com o auxílio a videoscopia e energia laser, possibilitam um pós-operatório quase isento de dor e a possibilidade de uma recuperação rápida e cómoda. As complicações desta cirurgia são raras e sem gravidade. O grau de eficácia é de cerca de 85% ao conseguido, mas em caso de insucesso ou recidiva, este procedimento pode ser repetido.

A operação, que pode ser efetuada em regime ambulatório, começa pela introdução, através de um pequeno orifício, de uma pequena ótica ligada a uma câmara de vídeo. Segue-se a aplicação de laser através da introdução de uma fibra através do mesmo orifício. A recuperação dá-se em poucos dias e os cuidados podem ser feitos pelo próprio doente. 

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