Está a ser desenvolvida , no Reino Unido, uma aplicação que vai usar inteligência artificial para detetar se o utilizador está em risco de 'burnout' ou simplesmente cansado, através da voz. Segundo os responsáveis, é possível que esteja disponível já no próximo ano, diz o iNews.
"Marcadores de fadiga simples de medir transformarão a forma como lidamos com a fadiga no local de trabalho, tendo impactos positivos na saúde e segurança de milhares de trabalhadores em todo o Reino Unido", explica ao jornal Nicholas Cummins, diretor científico da Thymia, a startup de tecnologia de saúde mental, com sede em Londres, que está a desenvolver esta aplicação.
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Trata-se de uma novidade financiada pela Innovate UK, agência de inovação governamental, e já foram recrutados mil pessoas, que trabalham por turnos, vindas de todas as partes do Reino Unido, para ajudar a desenvolver e testar a aplicação, no próximo mês.
Os investigadores vão analisar os ciclos de sono dos participantes, assim como examinar o seu tempo de reação a videojogos, antes de analisar os resultados, assim como os padrões de fala enquanto jogam e leem um texto preparado.
As informações recolhidas serão usadas para treinar modelos de inteligência artificial a identificar os sintomas de fadiga - entre as pessoas que participam nos testes.
Assim, os investigadores vão conseguir criar uma ferramenta de inteligência artificial que será capaz de "medir os níveis de fadiga de uma pessoa com base em variações muito subtis em fatores como tom, escolha de palavras, número e duração das pausas entre as palavras e com que frequência a voz falha", explica o iNews.
Para utilizar a aplicação, no futuro, apenas será necessário partilhar algumas informações básicas como idade, sexo, assim como problemas de saúde. Depois, é só falar e a tecnologia tratará do resto, identificando potenciais problemas.
Inicialmente, a aplicação será comercializada entre empresas e funcionários de organizações que empregam muitas pessoas que, trabalham por turnos, ou longas horas. Isto aplica-se a empresas como companhias aéreas, mas também a camionistas, por exemplo. Está previsto que esta primeira versão da aplicação vai ser lançada na próxima primavera.
No entanto, segundo o jornal, o plano dos investigadores é conseguir lançar, até o final do próximo ano, uma versão para o consumidor que qualquer um consiga usar no seu dispositivo móvel.
O preço ainda não foi desenvolvido, mas os investigadores afirmam que estará alinhado com os que são praticados por aplicações de bem-estar na "faixa de dezenas de libras por ano", explica, ao jornal, Emilia Molimpakis, cofundadora da Thymia.
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