Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Cientistas conseguiram regenerar pernas amputadas em sapos adultos

Uma mistura de cinco medicamentos permitiu regenerar membros posteriores amputados em sapos adultos, segundo um estudo conduzido por investigadores norte-americanos, que aproxima a ciência do objetivo da medicina regenerativa.

Cientistas conseguiram regenerar pernas amputadas em sapos adultos
Notícias ao Minuto

07:02 - 27/01/22 por Lusa

Lifestyle Ciência

Os cientistas das universidades norte-americanas de Tufts e Harvard referiram que este trabalho, divulgado na quarta-feira e publicado na revista Science Advances, "aproxima [a ciência] um pouco mais do objetivo da medicina regenerativa".

A maioria dos estudos anteriores sobre regeneração de membros foi realizado em animais em crescimento natural, como o axolote [anfíbio], mas as novas descobertas demonstram uma técnica para induzir a regeneração de membros num animal incapaz de regenerar membros por conta própria.

Estas descobertas podem servir de base para futuros trabalhos que explorem a regeneração em humanos, refere a revista.

No entanto, para doentes que perderam os seus membros devido à doença de diabetes, ou por trauma, a possibilidade de recuperar a função através de regeneração natural continua fora do alcance.

"A regeneração de pernas e braços ainda é coisa para salamandras e super-heróis", refere um comunicado da Universidade Tufts.

No estudo, os cientistas desenvolveram um dispositivo, um biorreator feito de um hidrogel chamado BioDome, que pode administrar uma mistura de cinco compostos pró-regenerativos numa ferida.

Os dispositivos foram aplicados em 115 sapos [xenopus laevis] amputados, alguns apenas com hidrogel e outros com o tratamento.

Após 24 horas, os cientistas retiraram os aparelhos e avaliaram a regeneração dos membros posteriores destes animais durante 18 meses.

Cada um dos medicamentos serviu um propósito diferente, como reduzir a inflamação, inibir a produção de colagénio que causaria cicatrizes e estimular o crescimento de novas fibras nervosas, vasos sanguíneos e músculos.

A combinação de medicamentos e o biorreator proporcionaram um ambiente local e sinais de que foi interrompida a tendência natural para 'fechar' o coto e dado início ao processo regenerativo, segundo os autores.

Os sapos que receberam o tratamento mostraram aumentos de longo prazo no comprimento do osso, padrões de tecidos moles e reparo neuromuscular, e foram capazes de usar os novos membros para nadar, tal como um anfíbio normal faria.

"É emocionante ver que os medicamentos que selecionamos ajudaram a criar um membro quase completo", referiu Nirosha Murugan, da Universidade de Tufts, o primeiro autor do artigo.

"O facto de que foi necessário apenas uma breve exposição aos medicamentos para iniciar um processo de regeneração de meses sugere que os sapos, e talvez outros animais, podem ter habilidades regenerativas latentes que podem ser iniciadas", defendeu.

Os investigadores detetaram, nos primeiros dias após o tratamento, a ativação de vias moleculares conhecidas, que normalmente são usadas num embrião em desenvolvimento para ajudar o corpo a ganhar forma.

O próximo passo da equipa de cientistas será testar a forma como este tratamento pode ser aplicado a mamíferos.

Leia Também: Cientistas criam produtos para controlo do mosquito que transmite doenças

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório