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Alguns sobreviventes desenvolvem anticorpos que os atacam e não ao vírus
Um novo estudo apurou que o sistema imunitário pode 'virar-se contra' o corpo enquanto combate o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
© Shutterstock
Lifestyle Covid-19
Especialistas na Emory University em Atlanta, nos Estados Unidos, detetaram que determinadas células podem ser o motivo por que algumas pessoas sofrem de Covid-19 persistente.
A condição foi assim designada pelos médicos e cientistas, devido a certos pacientes sofrerem de sintomas associados à doença mesmo meses após terem testado negativo para o coronavírus SARS-CoV-2.
O estudo, publicado no medRxiv, revela que agora é possível testar os pacientes para esses anticorpos, o deverá ajudar a desenvolver um tratamento para quem experiencia os sintomas debilitantes.
Os especialistas norte-americanos analisaram 52 amostras de sangue de indivíduos que haviam estado gravemente doentes com Covid-19 e entretanto tinham recebido alta hospitalar.
Posteriormente os resultados revelaram que 44% do corpo apresentava anticorpos que reagiam a parcelas do ADN humano.
Entre o grupo de indivíduos que havia estado mais severamente doente e requerido intubação, mais de 70% era portador das células imunitárias auto-destrutivas.
Muitos dos pacientes detinham igualmente anticorpos que neutralizavam as proteínas que contribuem para a formação coágulos sanguíneos saudáveis - também conhecido como o fator reumatóide.
Os especialistas acreditam que isto pode explicar, a razão por que as pessoas que sofrem de Covid persistente experienciam problemas cardiovasculares, renais e de inflamação generalizada do organismo.
O facto dos especialistas terem agora a possibilidade de testarem os anticorpos significa que poderão começar em breve tratamentos para auxiliar os pacientes com Covid persistente.
Leia Também: Covid: 60% dos doentes sofrem de depressão e falta de ar 3 meses depois
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