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Probióticos são chave na prevenção de doenças respiratórias em crianças

Sendo que 70% das células que produzem anticorpos vivem no intestino, uma das formas mais simples e eficazes de prevenir as regulares visitas ao médico consiste em promover e manter o ótimo funcionamento da microbiota intestinal, que tem um papel chave na defesa do organismo.

Probióticos são chave na prevenção de doenças respiratórias em crianças
Notícias ao Minuto

07:00 - 20/10/20 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Pediatra explica

Com o regresso às aulas em tempos de pandemia, consumir uma alimentação equilibrada, rica em probióticos específicos, como os lactobacillus e as bifidobactérias, além da suplementação com vitamina D, podem desempenhar "um importante papel na prevenção das infeções respiratórias agudas, muito frequentes na idade pediátrica, sobretudo nos grupos etários mais jovens,  imunologicamente imaturos e mais suscetíveis a infeções virais e bacterianas", salienta a médica Maria Leonor Bento, especialista em Pediatria e Alergologia Infantil do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. 

Para a pediatra, as "infeções respiratórias agudas, incluindo as rinofaringites, amigdalites e a otite média aguda de etiologia viral, ou bacteriana, são muito frequentes na idade pediátrica, com uma prevalência que aumenta nos meses mais frios, ou seja, a partir do outono e até ao final do inverno, observando-se um aumento substancial do consumo de antibióticos e um elevado absentismo escolar”. 

Acrescentando que este facto advém, em parte, de "uma imaturidade imunológica própria da idade e, por outro lado, ao contacto com maior carga de vírus e bactérias nos infantários e nas escolas". 

Sendo que 70% das células que produzem anticorpos vivem no intestino, uma das formas mais simples e eficazes de prevenir as regulares visitas ao médico consiste em promover e manter o ótimo funcionamento da microbiota intestinal, que tem um papel chave na defesa do organismo.

"Vários trabalhos científicos têm demonstrado que a microbiota intestinal tem um papel importante no aumento dos mecanismos de defesa contra doenças infeciosas, em especial as infeções intestinais e respiratórias", conta Maria Leonor.

As infeções respiratórias são, de acordo com a médica, "uma importante causa de morbilidade na idade pediátrica e que, por vezes, deixam sequelas a nível do aparelho respiratório”.

Adicionalmente, podem causar ou intensificar alergias respiratórias, nomeadamente de asma brônquica

Maria Leonor Bento destaca que "quando existe um desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose) há uma perda da integridade da barreira protetora do intestino”, o que pode desencadear várias patologias, incluindo as infeções respiratórias". 

Os probióticos, são microrganismos vivos protetores naturalmente presentes em certos alimentos ou suplementos. Estes organismos contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal e modulam a resposta do sistema imunitário.  

Contudo, nem todos os probióticos apresentam o mesmo poder de proteção. Estudos apontam que os Lactobacillus Rhamnosus GG e Bifidobacterium lactis Bb-12 "parecem ser mais eficazes na prevenção das infeções respiratórias agudas e da otite média aguda na idade pediátrica". 

A pediatra, defende que são vários os fatores que impactam o tipo de flora microbiana intestinal que se desenvolve logo a partir do período neonatal.

"O tipo de parto, é um deles,  havendo  diferenças entre o parto eutócico versus parto por cesariana, no que respeita ao início da estimulação do sistema imune intestinal, a qual é mais precoce no parto eutócico em que existe um contacto direto da mucosa intestinal do recém-nascido com microrganismos da flora vaginal e intestinal materna através da deglutição das secreções e líquido amniótico", elucida. 

Mais ainda, o tipo de alimentação desde o nascimento influencia igualmente a microflora intestinal do recém-nascido e consequentemente o desenvolvimento do sistema imune. 

"O leite materno para além das suas propriedades nutritivas essenciais ao bom desenvolvimento do lactente, constitui um verdadeiro suplemento e um estímulo imunológico natural”. Isto porque “é rico em anticorpos IgA secretores (IgAs), em células imunologicamente competentes, em probióticos naturais como lactobacillus e bifidobactérias e em prebióticos naturais, que vão favorecer um desenvolvimento adequado do sistema imune da criança desde o seu nascimento, reduzindo o risco infecioso e alérgico", conclui a pediatra. 

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