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Como identificar sinais de risco de suicídio no dia a dia e redes sociais

Setembro Amarelo: dia 10 assinala-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

Como identificar sinais de risco de suicídio no dia a dia e redes sociais
Notícias ao Minuto

09:28 - 02/09/20 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Prevenção do suicídio

"Na maioria das vezes, não estamos muito atentos ao que está a acontecer à nossa volta. Mas todos temos a capacidade de observar", afirma Adriana Rizzo, voluntária do CVV (Centro de Valorização da Vida), no Brasil, que dá apoio emocional e prevenção do suicídio, em declarações à BBC Mundo. 

Nomeadamente, estar especialmente atento a sinais de indivíduos que possam estar a cogitar em colocar um fim à sua vida.

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio. Tratando-se da segunda maior causa de morte nos jovens entre os 15 e 29 anos, somente superada por acidentes rodoviários.

Porém, a prevenção não é fácil. Isto porque os sintomas nem sempre são claros e na maioria das vezes tendem a ser discretos e 'silenciosos'. Sofrer em silêncio - sobretudo por vergonha - ainda é a 'preferência' de quem está no limite. 

Para Rizzo, os principais sintomas "são um conjunto de coisas", e é necessário estudar os sintomas relativos a outros sinais.

Karen Scavacini, psicóloga e fundadora do instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, também no Brasil, partilhou alguns com a BBC Mundo:

Sintomas orais

- Se alguém diz "quero matar-me, quero morrer, vou cometer suicídio". "Muitas pessoas não ligam porque acham que o indivíduo não está a dizer a verdade, que quem fala não faz", diz Rizzo;

- Ao afirmar "estou muito cansada, não quero continuar". "É algo que, isoladamente, não recebe muita atenção das pessoas. No entanto, juntamente com mais sintomas, tem de ser visto com um olhar mais diferenciado", alerta Karen.

Sinais comportamentais

Isolamento

Se a pessoa deixa por exemplo de ir trabalhar ou conviver com família e amigos;

Desinteresse

Perde interesse por atividades que antes apreciava;

Alimentação

Aumento ou perda do apetite sem motivo aparente;

Alterações no sono

Se sofre de insónias ou hipersónia (dormir em excesso, sintoma mais comum nos jovens);

Agressividade

Nos jovens, muitas vezes a depressão passa por agressividade.

Regra geral, Scavacini acredita que os "sintomas de depressão associados a sinais verbais podem mostrar que a pessoa está em risco". 

"Mas tudo depende de muita coisa. Às vezes a pessoa está com risco baixo de suicídio e tem um desencadeante forte, como ser despedida, perder alguém importante. Pode ser a gota de água. Esses períodos de stress demandam maior atenção", acrescenta.

E nas redes sociais?

A psicóloga sublinha que é essencial estar atento a "mudanças na forma de uso" das redes. "Quando a pessoa começar a usar mais as redes, e a ficar mais isolada", ou quando começa a "seguir páginas com conteúdo que tenham mais relação com depressão ou questões ligadas à morte".

"Muitas pessoas vão transmitir essa mensagem nas redes. O difícil é conseguir entender até que ponto é um pedido de ajuda ou uma comunicação de que vai fazer alguma coisa naquele momento". 

Utilizadores que se deparem com conteúdo inadequado, como vídeos ou mensagens a encorajar o suicídio ou publicações de pessoas que pareçam inclinadas fazê-lo, também podem atuar, usando canais de denúncias das plataformas (nomeadamente: no Facebook, click nos três pontinhos no canto superior direito da publicação; no YouTube, nos três pontinhos no canto inferior direito de cada vídeo; no Twitter, na lateral direita superior do twit; no Instagram, nos três pontinhos do lado superior direito).

Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 

Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

Leia Também: Efeito de Werther ou 'suicídio por imitação': Saiba mais sobre o fenómeno

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