Malditas enxaquecas. APED dá sete dicas para prevenir condição no verão
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define as enxaquecas como a perturbação crónica mais incapacitante e dispendiosa em todo o mundo.
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"A enxaqueca é, muitas vezes, desvalorizada e encarada como sendo apenas uma dor de cabeça. É importante estabelecer as diferenças e perceber que a enxaqueca é uma doença crónica incapacitante, cujo tratamento preventivo é a melhor forma de evitar crises intensas e frequentes e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho da dor, principalmente nos meses de verão", explica Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).
Trata-se de uma perturbação crónica caracterizada por episódios de dor de cabeça, geralmente intensos, que podem durar horas ou dias, que surge com outros sintomas, tais como náuseas, vómitos, intolerância à luz, ao ruído, a certos odores e ao próprio movimento.
Estima-se que enxaqueca afete aproximadamente 15% da população, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens e sobretudo entre os 22 e os 55 anos de idade.
Conforme explica a APED, no verão, com temperaturas altas, excesso de luminosidade e humidade, as crises são mais comuns. Durante a exposição ao sol, o centro modulador de dor é ativado e há uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral, potenciando a enxaqueca.
Entretanto, a claridade mais acentuada também pode tornar-se um problema. Quem tem enxaquecas sofre, normalmente, de fotofobia e a tendência natural destas pessoas é a de evitar a luz, porque a luminosidade as incomoda. Nesses casos, uma maior exposição à luz pode tornar uma enxaqueca mais forte, mais evidente e mais dolorosa.
De modo a prevenir as enxaquecas durante o verão, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) dá as seguintes dicas:
1. Beber bastante água ao longo do dia para manter o corpo hidratado, já que isso ajuda no equilíbrio da temperatura corporal;
2. Evitar exposição direta ao sol e usar óculos escuros para evitar a penetração de muitos estímulos luminosos na retina;
3. Consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras, e controlar o consumo de bebidas alcoólicas;
4. Tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminuir a temperatura corporal, principalmente se estiver num risco iminente de crise;
5. Praticar atividade física em horários em que a temperatura esteja mais amena e beber água durante a realização da mesma;
6. Procurar ter boas noites de sono, dormir num ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis;
7. Quando possível, optar por viagens menos desgastantes, em ambientes mais confortáveis e bem ventilados.
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