Como aponta uma reportagem da BBC, os homens que haviam participado no estudo já não estavam a responder positivamente às terapias convencionais.
E surpreendentemente a nova pesquisa, publicado no periódico científico Journal of Clinical Oncology, apurou que uma pequena parcela dos participantes permaneceu bem mesmo após o fim dos testes, apesar de ter recebido um prognóstico pessimista antes da intervenção.
Posteriormente, o fármaco mostrou-se eficaz no tratamento igualmente avançado do cancro na cabeça e pescoço.
A imunoterapia
A imunoterapia usa o próprio sistema imunológico do indivíduo para reconhecer e atacar as células cancerígenas presentes no organismo, explica a BBC.
Já é usada como tratamento padrão para alguns tipos de cancro, como melanomas e está atualmente a ser testada também como medicamento para muitas outras formas de tumor.
A terapia parte da premissa de que o desenvolvimento de um cancro promove uma redução da atividade do sistema imunológico, uma vez que as células tumorais não são reconhecidas por este e começam a crescer de forma descontrolada. Para contrariar este processo, os cientistas descobriram maneiras de reverter o processo, ou seja, de ajudar o sistema imunológico a reconhecer as células cancerígenas e, ao mesmo tempo, aumentar a sua resposta, provocando a morte das ‘invasores’.
O estudo
De acordo com a pesquisa, um em cada 20 homens com cancro da próstata avançado respondeu ao medicamento pembrolizumabe. Os tumores diminuíram ou desapareceram por completo.
Embora o número seja relativamente pequeno, o estudo constatou que alguns pacientes ganharam anos extras de vida.
Outros 19% apresentaram alguma evidência de melhorias. Sendo que a maioria dos pacientes envolvidos no estudo viveu em média oito meses tomando o medicamento.
O ensaio clínico de fase II, conduzido pelo Institute of Cancer Research e pela fundação Royal Marsden, ambos no Reino Unido, contou com a participação de 258 homens com cancro da próstata avançado que não respondiam mais a outras opções de tratamento.