Desfile de Luís Onofre marca penúltimo dia do Portugal Fashion
O calçado de Luís Onofre, na coleção 'Après Ski', marcou, no sábado, o terceiro e penúltimo dia do 44.º Portugal Fashion, no Porto, que também teve desfiles da dupla Alves/Gonçalves e de Micaela Oliveira.
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Lifestyle Calçado
A celebrar 20 anos da marca Luís Onofre, o estilista encerrou o terceiro e penúltimo dia na Alfândega do Porto, que contou com Nuno Baltazar, Susana Bettencourt, Micaela Oliveira, a dupla Alves/Gonçalves, a marca Meam e várias propostas da indústria do calçado e acessórios.
Em declarações à Lusa, Luís Onofre destacou a inspiração retirada no conceito de 'après ski', com botas e botins "da neve, mas que podem ser usadas nos dias normais", sendo que o calçado partiu "desse ponto para algo mais 'casual'".
"Usando materiais muito 'soft', com inspiração na onda desportiva muito em voga, contrastando com matérias e formas alongadas, (...) usei cores muito aguerridas, como o grená, o preto e o mel. Essa cor [o mel] transmitiu uma coleção sóbria, não tão elaborada nos acessórios, mas talvez a coleção mais criativa até hoje", explicou.
Botas e botins, entre texanas e peças que vão até acima do joelho, com materiais variados e o mel e o negro como notas mais fortes, são a aposta do criador, recentemente nomeado presidente da Confederação Europeia do Calçado, para as estações mais frias.
Nuno Baltazar, agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 2015, abriu no sábado o terceiro dia, antes de a marca pronto-a-vestir Meam, criada em 1997, mostrar propostas inspiradas no Carnaval e em "pinceladas de cor para mascarar o inverno".
Seguiu-se a jovem 'designer' de raízes açorianas Susana Bettencourt, uma 'graduada' do Bloom, programa de novos talentos do Portugal Fashion, com a coleção "Stop the Clock", apostada em malhas tradicionais e numa mensagem -- "é tempo de mudar".
Depois de na edição anterior refletir sobre os papéis de género, o feminismo e o ativismo político na arte, e em particular na moda, Susana Bettencourt concentrou-se na "sociedade automatizada" em que se vive, usando uma citação de William Faulkner ("Os relógios matam o tempo") para refletir sobre a tecnologia e os "problemas de depressão e desagregação social".
A indústria do calçado e marroquinaria, com vários desfiles seguidos (Ambitious, Fly London, Gladz, J. Reinaldo, Lemon Jelly, Nobrand, Rufel, The Baron's Cage), apresentou-se após as 17h30, antes dos coordenados para o frio da Concreto.
Depois das propostas de alta costura e moda nupcial, a noite ficou 'desfalcada' com o cancelamento da marca Impetus, com desfile agendado para as 21h30, com a linha 'I Am What I Wear designed'.
O arranque da penúltima noite coube, assim, à dupla de Manuel Alves e José Gonçalves, que apresentam coleções em conjunto desde 1985, antes do encerramento, que coube a Luís Onofre.
À Lusa, o 'designer' disse olhar para a moda como um fenómeno que "se repete", pelo que uma "coleção futura" poderá refletir esse lado "mais sustentável, sendo mais dedicada ao ambiente", respondendo a um 'fashion alert' (alerta) lançado nesta edição pelo evento de moda.
A preocupação da indústria da moda prende-se com a sustentabilidade das suas atividades e produtos, sendo que a porta-voz do Portugal Fashion, Mónica Neto, realçou o papel do certame para promover "a sustentabilidade do planeta e os esforços da fileira da moda para diminuir a sua pegada ecológica".
A 44.ª edição fecha no domingo com os desfiles de Marques'Almeida, Alexandra Moura, Carla Pontes e David Catálan, arrancando pela manhã com a primeira edição do 'Portugal Kids', dedicado à moda infantil.
O Portugal Fashion - um projeto da responsabilidade da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), desenvolvido em parceria com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) - é financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020.
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