Os especialistas sugerem assim que oftalmologistas e oculistas poderão ser capazes de verificar a saúde do funcionamento cerebral dos indivíduos enquanto examinam a visão dos mesmos.
A técnica revolucionária identifica os vasos sanguíneos – menos expessos que um cabelo humano – presentes na retina que são por sua vez mais escassos em pacientes com demência ou propensão a sofrerem da doença.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores compararam as retinas de doentes de Alzheimer com as de indivíduos com comprometimento cognitivo moderado e outros com cérebros ditos normais.
Em declarações à publicação britânica The Telegraph, a investigadora Sharon Fekrat disse: “É possível que alterações na densidade dos vasos sanguíneos… se assemelhem ao que ocorre nos minúsculos vasos sanguíneos no cérebro”.
“Se conseguirmos detetar essas modificações nos vasos sanguíneos através da retina antes de surgirem alterações na cognição, isso seria altamente revolucionário”.
Acrescentando: “O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é uma medida altamente necessária. Não é possível com as técnicas atuais como um exame ao cérebro detetar os pacientes com a patologia”.
O professor catedrático e médico Fekrat, da Faculdade Médica, da Universidade de Duke, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, disse que o objetivo eventual seria utilizar essa tecnologia para diagnosticar o Alzheimer antes dos primeiros sintomas se manifestarem – e de monitorizar as alterações em doentes envolvidos em testes clínicos com o intuito de descobrir novos tratamentos capazes de travar a doença degenerativa da mente.