Os fumadores têm uma capacidade menor de diferenciar as cores, assim como uma maior dificuldade em notar contrastes e sombras, revela uma nova pesquisa norte-americana.
O estudo conduzido por investigadores da Universidade de Rutgers, em Nova Jérsia, apurou que quem fuma em demasia não tem uma grande habilidade para distinguir entre diferentes tonalidades, comparativamente a não fumadores.
De um grupo de 134 pessoas, de idades compreendidas entre os 25 e os 45 anos, 71 haviam fumado menos de 15 cigarros em toda a vida, enquanto que 63 haviam consumido mais de 20 por dia.
Os investigadores analisaram o quão bem ou não os participantes conseguiam identificar níveis de contraste e cores enquanto olhavam para um ecrã.
Os resultados constataram mudanças significativas na visão de cores dos fumadores, notando algum grau de daltonismo.
Na maioria dos casos a incapacidade de diferenciar tons ou daltonismo é genético, mas acidentes ou doenças, tais como a diabetes ou glaucoma que afetam o nervo ótico ou a retina também podem contribuir para a inabilidade de identificar as cores corretamente.
Os cientistas já sabiam que a exposição a certos químicos presentes no tabaco, nomeadamente a sulfureto de carbono e estireno, podem danificar a visão, mas ainda assim existem poucos estudos que associem o consumo excessivo de cigarros à perceção deficiente de cores.
A nova pesquisa, que foi publicada no periódico científico Psychiatry Research, indica que fumar pode causar danos nos vasos sanguíneos nos olhos, provocando assim daltonismo nos fumadores mais ávidos.
