Vamos falar de abóbora, o fruto (sim) de que até a casca se aproveita
Sabia que, em termos botânicos, a abóbora deve ser considerada um fruto? Quem nos conta é Iara Rodrigues, nutricionista em destaque na rubrica ‘Alimento do Mês’ de novembro, que tem muito mais a dizer sobre a abóbora.
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Produto característico do outono, a abóbora é para os portugueses “muito mais do que uma brincadeira de Halloween”, “de grande versatilidade e elevado rendimento”, refere Iara Rodrigues, nutricionista com quem o Notícias ao Minuto falou e que escolheu a abóbora para alimento do mês.
Diz a especialista que este é um alimento “de grande utilidade e identidade própria na nossa cultura gastronómica”, que pode ser completamente aproveitado, sem qualquer desperdício, já que em entradas, sopas, pratos, lanches e sobremesas se pode utilizar não só o recheio mas também as sementes e até a própria casca.
Se a esta versatilidade se juntar a sazonalidade, tem todos os motivos para apostar na abóbora nesta altura do ano. Como explica Iara Rodrigues, “consumir fruta e legumes da época, é a melhor forma de aproveitar todo o sabor desses alimentos. Assim como, tirar melhor partido da relação entre a qualidade e o preço”.
Quando às características nutricionais, indica a nutricionista que a abóbora “possui um baixo valor energético de apenas 9Kcal por 100g e concentra na polpa do fruto, vários tipos de carotenóides, substâncias com características antioxidantes que lhe dão a cor laranja e amarela. “Além destas substâncias protectoras das nossas células, a abóbora contém, ainda, bioflavonóides, bloqueadores dos receptores de determinadas hormonas relacionadas com o cancro e esteróis que são convertidos em vitamina D no nosso organismo. Possui quantidades apreciáveis de potássio e outras vitaminas e minerais como o ferro, cálcio, magnésio, vitaminas B e C. É também reconhecida como boa controladora da glicemia e da pressão arterial”, acrescenta.
Apesar das grandes vantagens encontradas na polpa, importa não descurar as vantagens que se encontram nas sementes, uma das potencialidades que, para Iara Rodrigues, ainda é pouco explorada. Esta parte do alimento é interessante “pelo seu teor proteico, gorduras insaturadas, compostos alcalóides e generosas quantidades de zinco”, associados "à diminuição da hipertrofia prostática benigna, condição que não sendo maligna, afecta um número significativo de homens e acarreta vários sintomas desagradáveis”, aponta a nutricionista.
Quanto às formas mais comuns de utilização de tais sementes, aponta-se os inúmeros snacks em que as sementes tostadas no forno são protagonistas.
Resta saber escolher a melhor abóbora
Sobre este ponto, Iara Rodrigues aconselha que se opte por “abóboras sem imperfeições na casca e com brilho. No que toca à sua conservação, há que ter alguns cuidados, nomeadamente o de congelar sem casca. Por fim, se quiser conservar no frigorífico depois de aberta, saiba que a abóbora aguenta aproximadamente dois ou três dias. Já se a quiser preservar em temperatura ambiente, esta aguenta vários meses desde que seja um local seco e ventilado.
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