Para os casos mais graves de obesidade, visíveis em quem já tentou perder peso por pelo menos dois anos e nunca teve sucesso, a cirurgia bariátrica, ou gastroplatia, surge como possível solução.
Quanto qualquer outro método parece falha, esta cirurgia pode apresentar resultados positivos num curto período de tempo o que leva a que o método seja visto como o ‘caminho fácil’ a que muitos querem recorrer. Há que esclarecer, todavia, que este é um método muito evasivo e com vários riscos, que se deve por isso cingir a casos de obesidade muito elevada, de onde surgem por vezes outras complicações.
De entre os mais comuns riscos apontam-se aqueles que são quase sempre sentidos durante o internamento hospitalar como entupimento de um vaso sanguíneo, sangramento interno, criação de pequenas bolsas na zona operada e vómitos, diarreia ou fezes com sangue.
O problema pode contudo levar a outras complicações como anemia, deficiencia de ácido fólico, cálcio e vitamina B12, que pode resultar em nutrição.
Estas complicações não estão livres de surgir em qualquer um dos tipos de cirurgia de que se fala: a banda gástrica (em que se diminui o tamanho de um estômago ao ‘dividi-lo’ com um anel que aperta o órgão) ou o bypass gástrico (que carece de cirurgia, na qual é retirada parte do estômago).
Por serem métodos bastante invasivos, a empresa Allurion lança um programa de perda de peso a que dá o nome de ‘Balão Elipse’e apresenta como o primeiro balão gástrico que não carece de cirurgia, endoscopia ou anestesia e completa-se em seis meses de acompanhamento por especialistas e resultados garantidos.
O tratamento começa com um mês de preparação, em que são discutidos e entendidos os interesses e objetivos da perda de peso. De seguida, o procedimento propriamente dito passa por engolir uma cápsula que contém o balão vazio que se irá encher no interior do estômago e ocupar parte do mesmo, levando a um menor consumo diário de alimentos que será orientado por uma equipa de nutricionistas.
O programa dura seis meses, que incluem um de preparação e outro de acompanhamento pós balão gástrico
O processo de chegada da pílula ao estômago é acompanhado por raio X, para garantir que o aparelho está bem posicionado. Confirmado este passo, a cápsula será cheia com 550ml de água, passo este que demora cerca de 20 minutos. Durante os próximos meses, o paciente será acompanhado por uma completa equipa médica que o irá orientar a nível nutricional e de prática de exercício físico – hábitos que deverão ser mantidos mesmo depois os quatro meses, quando o balão se irá abrir, esvaziar e ser expelido naturalmente via intestinal.
© allurion
A própria Allurion apresenta o testemunho de alguns casos de sucesso de várias partes do mundo. Em Portugal, o método é aplicado em dois centros: a Clínica de Santo António, em Lisboa, e a Clínica Dr António Sérgio, no Porto.