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O AVC hemorrágico é menos frequente, mas ainda mais grave

No Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), Luísa Fonseca distingue os dois possíveis tipos de AVC: um deles é mais frequente, mas ambos podem ser fatais.

O AVC hemorrágico é menos frequente, mas ainda mais grave
Notícias ao Minuto

10:15 - 29/10/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Cardiologia

Derrame cerebral e trombose são dois tipos de AVC, um problema que Luísa Fonseca descreve como “uma emergência médica que se carateriza pela súbita diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro, que impede que este órgão receba o oxigénio e nutrientes necessários à sobrevivência das células cerebrais”.

A especialista que partilha a sua opinião sobre o tema com o Notícias ao Minuto é coordenadora do Núcleo de estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna e na data que marca o Dia Mundial do AVC foca-se no tipo de AVC mais grave, que por vezes parece ser esquecido por afetar apenas cerca de 15% das pessoas que sofrem de acidentes vasculares cerebrais.

É talvez por este menor número de casos que a comunidade médica reconhece haver ainda necessidade de apostar mais na investigação e formação na área sobre esta doença que “é atualmente a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal”, alerta a especialista.

Para que se perceba a gravidade do problema, comece-se por distinguir que trombose é a designação mais conhecida para referir os casos de AVC isquémico, que é provocado pelo bloqueio ou obstrução de uma artéria. Por sua vez, o AVC hemorrágico – ou derrame cerebral – é provocado pela rutura do vaso.

Em ambos os casos, uma resposta rápida é fundamental pois quanto mais rápida for a intervenção médica menor a probabilidade de surgirem lesões potencialmente irreversíveis no doente. Para tal, a chave está em identificar os 3F’s que resumem os sintomas mais comuns de um AVC. Luísa Fonseca aponta estas três manifestações: “ a face descaída, dando uma sensação de assimetria do rosto; a diminuição da força num braço ou numa perna (ou ambos), que pode ser acompanhada por uma sensação de desequilíbrio; e a dificuldade na fala, fala arrastada, dificuldade em ter qualquer tipo de conversação ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido. A alteração da visão, nomeadamente a diminuição abrupta de visão num ou em ambos os olhos, uma forte dor de cabeça ou dificuldade em coordenar ou movimentos, são também sintomas frequentes” e alerta: “Sempre que estes sinais surgirem, deve contactar o 112 e dirigir-se ao hospital mais próximo.”

Ora, apesar de os sintomas serem semelhantes, o internamento em unidades diferenciadas e tratamentos na fase agora do AVC levam a uma grande taxa de sucesso contra a mortalidade e grau de dependência dos doentes que sofreram de um AVC isquémico, já os casos de AVC hemorrágico, tal efeito não é conseguido.

“Os tratamentos de fase aguda não são tão eficazes e estes doentes não têm muitas vezes acesso a cuidados específicos em unidades diferenciadas”, aponta a especialista. É por isso que, embora menos frequente, estes casos de AVC são potencialmente mais graves.

Para debater este e outros temas relacionados com prevenção, avaliação e tratamento dos doentes com doença vascular cerebral, o Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral a que pertence Luísa Fonseca, irá organizar o 19º Congresso do NEDVC no Hotel Crowne Plaza, no Porto, a 23 e 24 de novembro.

Além de se debater novos métodos de investigação, os especialistas irão apostar em formas de sensibilizar a população para que se conheçam as mais básicas formas de prevenção como “controlar a pressão arterial, a glicemia e o colesterol, adotar uma alimentação saudável, pobre em gorduras e sal, praticar exercício físico regularmente, não fumar, nem consumir bebidas alcoólicas em excesso”, enumera Luísa Fonseca.

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