De acordo com a BBC News, as autoridades europeias estão a monitorizar com atenção o aumento dramático no número de pessoas contagiadas pela ‘febre do Nilo Ocidental’. A meio daquele que já é considerado o surto mais mortífero do vírus na região nos últimos anos.
Segundo dados do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, esta febre, geralmente transmitida por mosquitos, já afetou 1.505 pessoas e causou 115 mortes apenas neste ano de 2018.
Já há quatro vezes mais mortos que os 26 contabilizados em 2017. E o número de infetados, por sua vez, multiplicou-se por cinco em relação aos 288 casos relatados no ano passado.
No final de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o número de casos registados nos países do sul da Europa e da Europa central estava a crescer "pronunciadamente" comparativamente aos anos anteriores, e o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Enfermidades classificou o aumento de casos de "dramático".
Mas afinal, porque o número de casos está a aumentar?
Os especialistas apontam as condições climáticas como a causa principal do repentino aumento de casos da doença e da antecipação da temporada de transmissão na Europa, que normalmente dura de junho a novembro.
"A temporada deste ano caraterizou-se por temperaturas altas e períodos de chuvas prolongadas, seguidos por tempo seco. Essas condições climáticas propiciaram a reprodução e propagação do mosquito que transmite o vírus", indicou um comunicado da OMS.
Os especialistas alertam ainda para o risco de que o aquecimento global provoque a chegada de vetores tropicais à Europa, propagando doenças pouco comuns em regiões mais frias.
Os especialistas temem igualmente que as mudanças de temperatura provoquem a chegada de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Como se pode proteger?
A febre do Nilo Ocidental é transmitida aos humanos principalmente por mosquitos infetados após picarem aves portadoras do vírus. Não existe uma vacina contra a doença, que é porvocada por um vírus do género flavivírus.
Ainda que possa causar a morte, afetando o sistema nervoso, quase 80% das pessoas infetadas não apresentam sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, cansaço, dor no corpo, náuseas, vómitos e, às vezes, erupções cutâneas no tronco e inflamação dos gânglios linfáticos.
Como não há vacina, a principal medida de prevenção é a proteção contra mosquitos - usar repelentes, mosquiteiros, roupas claras e de manga comprida.
Adicionalmente, deite fora recipientes que possam acumular água estagnada.
O Lifestyle ao Minuto já está no Instagram! Siga aqui a nova página.