"A resposta é sim" diz o professor de psicologia e de neurociência Ewan McNay, docente na Universidade de Albany, nos Estados Unidos, em declarações à revista TIME.
O cérebro tal como qualquer outra parte do corpo usa exclusivamente o açúcar da glucose para funcionar, e atividades cognitivas extenuantes requerem mais glucose comparativamente às mais corriqueiras, explica McNay, que estuda o modo como o cérebro usa energia para realizar tarefas.
Por exemplo, durante uma tarefa difícil de memorização, as partes do cérebro que envolvem a formação da memória consomem mais energia, relativamente a outras áreas da mente.
“Queima de facto mais energia durante uma tarefa cognitiva intensa, do que quando está por exemplo sentado no sofá a ver a telenovela”, afirma.
O professor Marcus Raichle, docente na Universidade de Washington de Medicina em St Louis, refere à mesma publicação: “Como órgão consumidor de energia, o cérebro é o órgão mais valioso que transportamos connosco”. Enquanto que o cérebro representa apenas 2% do peso total de um individuo, é responsável por 20% do uso de energia do corpo.
O que significa que durante um dia inteiro, em média, as pessoas queimam cercam de 320 calorias apenas para pensarem.
Tanto McNay como Raichle sublinham que diferentes estados mentais e tarefas podem ainda afetar a forma como o cérebro consome energia. “Se examinássemos o cérebro com um sensor e analisássemos o que se passa o cérebro enquanto vê televisão ou enquanto faz palavras cruzadas, seria aparente que a atividade cerebral iria ser diferente de uma tarefa para a outra, e que na segunda em questão estaria a usar e a gastar mais energia”, salienta Raichle.