Diz a Forbes que 37% da população a nível mundial admite optar por livros em áudio, por ser uma forma mais prática que permite acompanhar a literatura ao mesmo tempo em que pratica outras atividades como treinar ou passear o cão.
É o avanço da tecnologia a substituir as formas mais tradicionais com o intuito de facilitar ou evitar a ‘perda de tempo’. Mas numa altura em se vive em constante agitação e todo o tempo parece ser pouco para o que se pretende fazer, que repercussões surgem a nível da saúde?
Se se apontar aspetos como enriquecimento intelectual, satisfação emocional e entretenimento, então sim, pode-se dizer que a alternativa é igualmente benéfica. Contudo, vale a pena esclarecer que, com um livro em áudio, mais facilmente o indivíduo se distrai com outras coisas e mais dificilmente retém a informação, principalmente se os livros em questão forem de temas mais densos.
Embora existam ainda poucos estudos sobre o tema, especialistas apontam que ler e escrever são atividades bastante semelhantes em termos de vantagem para as capacidades cognitivas do ser humano, já ouvir, não se equipara a tais atividades.
A forma como cada indivíduo interpreta e retém a informação retida, seja lida ou ouvida, dependerá da sua capacidade de concentração e foco. Quando tais níveis são elevados, será mais fácil equiparar os dois tipos de livros.
Por outro lado, quem tem dificuldades de concentração, sentirá mais dificuldade com livros áudio, pois a tendência para realizar outras tarefas será, obviamente, maior.
Ainda assim, muitos são os especialistas que defendem que tais são atividades incomparáveis. “ouvir um podcast é bom, mas não pode ser comparado ao prazer de ler um livro”, lê-se na Forbes.