“Os vasos sanitários alcançam eventualmente o mar, os rios e os oceanos. E somente materiais biológicos orgânicos conseguem ser decompostos naturalmente pela natureza”, explica o biólogo marinho Tom Hird, em declarações à publicação britânica Metro.co.uk.
“Apesar da maioria dos preservativos serem fabricados a partir de látex, um produto natural feito a partir da borracha das árvores, tal não significa que se tornem biodegradáveis no oceano”, diz.
Hird que trabalha ainda como embaixador para a Sociedade de Conservação Marinha acrescenta que os químicos adicionados à mistura de látex, que promovem a longevidade e estabilidade do produto, impedem por sua vez que o preservativo se deteriore facilmente no oceano.
Aliás, os cientistas estimam que aquele material demore cerca de 30 anos a decompor-se!
“Durante esse período de tempo a borracha irá prevalecer por mares, oceanos e praias – sendo eventualmente ingerida por algum animal aquático que irá confundir o material com comida”.
Hird alerta que a solução para evitar esse tipo de problema ambiental é fácil: “Após ter servido o seu propósito, deite o preservativo fora, no lixo”.
O portal de saúde e de lifestyle Very Well Health recomenda que embrulhe aquele material em papel, num lenço ou num guardanapo e que o deposite no caixote do lixo, independentemente do tipo de preservativo.
“Os oceanos não são um aterro sanitário. Se vai deitar o preservativo, o cotonete ou o penso higiénico na sanita e de seguida puxar o autoclismo lembre-se que quando se trata do ciclo infinito de água no nosso planeta azul – tudo o que vai, volta”, avisa o biólogo.