Apenas durante o século XX, a varíola foi responsável por 300 a 400 milhões de mortes, e em 1967 a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimava que cerca de 15 milhões de pessoas padeciam daquela doença, tendo apenas naquele ano falecido dois milhões de indivíduos.
Felizmente após várias campanhas de vacinação durante o século XIX e XX, a varíola foi considerada virtual e globalmente irradicada em 1979 pela OMS.
Todavia, agora os cientistas estão preocupados com o possível retorno da maleita, já que o aquecimento global está a provocar o derretimento do permafrost (a camada gelada situada por baixo do solo) onde muitos dos milhões dos corpos infetados estão enterrados.
Por exemplo, durante a década de 1890, terá ocorrido uma epidemia de varíola numa pequena cidade localizada na Sibéria, perto do rio Kolyoma, na Rússia.
Estima-se que aquela ocorrência tenha matado 40% da população e que os corpos tenham sido enterrados perto do rio. Atualmente aquela água está a sofrer um processo de descongelamento acelerado – três vezes mais rápido do que o normal – e os corpos infetados estão a reaparecer.
Quais são os sintomas da varíola?
Os sintomas iniciais aparecem geralmente entre 12 a 14 dias após a exposição ao vírus.
Depois de um período de incubação de cerca de 17 semanas, as vítimas experienciam vários sintomas que são muitas vezes confundidos com os da gripe, e que incluem:
- Febre;
- Desconforto geral;
- Dores de cabeça;
- Sensação de fadiga extrema;
- Dores intensas de costas;
- Vómitos e náuseas.
Após estes sinais irão aparecer, alguns dias depois, manchas vermelhas na face, mãos e nos braços dos doentes.
E após um dia ou dois, essas manchas transformar-se-ão em bolhas repletas de liquido e pus.
Há tratamento?
Ainda não existe cura para a varíola, embora existam algumas técnicas de prevenção e que impedem que os sintomas piorem.