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Chamar homens pelo apelido perpetua sexismo, diz estudo

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Chamar homens pelo apelido perpetua sexismo, diz estudo

São inúmeras as personalidades masculinas famosas às quais nos referimos unicamente ou quase pelo seu apelido. Agora pare e pense na quantidade de mulheres às quais nos referimos pelo último nome.

Fora do ramo político, é raro as mulheres serem tratadas pelo seu sobrenome – e um novo estudo sugere que esta discrepância poderá estar a exacerbar a desigualdade de género.

Uma equipa de psicólogos da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, apurou que os homens profissionais tratados pelo sobrenome são geralmente vistos como mais importantes e ilustres, comparativamente às mulheres profissionais, e com as mesmas competências.

E já as mulheres profissionais são mais comummente tratadas pelo seu primeiro e último nome. “Este tipo de julgamento pode resultar em mais reconhecimento, prémios, financiamento e noutros benefícios na carreira, e sugere que existe de facto uma diferença subtil e preconceituosa no modo como falamos sobre os homens e as mulheres”, explicam os autores daquele estudo.

Aliás a ideia para aquela pesquisa inédita partiu da aluna de doutoramento Stav Atir, que afirmou ter reparado nessa tendência nas aulas que frequentava em Cornell. Nas quais os seus colegas mostravam uma maior propensão para se referirem aos cientistas homens pelo seu apelido – o que os tornava assim aparentemente mais importantes.

Ela e uma equipa de investigadores começaram então a analisar os dados de fóruns de classificação de professores universitários, nos quais os alunos deixam as suas críticas e avaliações aos docentes. Após analisarem mais 4,500 comentários detetaram que mais de 54% dos alunos se referiam aos professores homens pelo apelido.

E esses homens eram considerados, em 14%, mais merecedores de receberem prémios e outros reconhecimentos pelo seu trabalho, sugerindo assim que referir-se a alguém pelo apelido confere, nem que seja inconscientemente, prestígio adicional.

A coordenadora do estudo, a professora e chefe do departamento de psicologia, Melissa Ferguson, disse que os dados apurados podem ser particularmente relevantes quando se trata de campanhas políticas.

E afirma: “É possível que ao nos referirmos a um candidato pelo seu nome completo ao invés de unicamente pelo apelido possa ter implicações relativamente a fama, popularidade e eminência”.

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