Como o seu corpo escolhe o parceiro sexual ideal (sem que se aperceba)

O desejo que sentimos pelo sexo oposto, e que às vezes é avassalador, pode estar relacionado com um termo médico nada sexy - o antígeno leucocitário humano (na sigla em inglês HLA).

Como o corpo escolhe o seu parceiro sexual ideal (sem que se aperceba)

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Liliana Lopes Monteiro
28/06/2018 15:00 ‧ 28/06/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Amor

Noutras palavras, a explicação para a atração sexual entre pessoas de sexos diferentes está no nosso sistema imunológico.

Um estudo publicado na revista científica Nature, e divulgado pela publicação internacional BBC News, chegou à conclusão de que procuramos parceiros sexuais que tenham um HLA substancialmente diferente do nosso.

O HLA também é conhecido como Complexo Principal de Histocompatibilidade, um sistema que permite ao nosso corpo identificar células perigosas, vírus e bactérias. Ou seja, é a base sobre a qual o organismo humano desenvolve o seu sistema de defesa.

Pode parecer bizarro, mas a atração entre os sexos opostos está diretamente relacionada aos seus anticorpos.

Evolução humana

O HLA "está relacionado à sexualidade e ao desejo de procriar", dizem os investigadores da Universidade de Dresden, na Alemanha, que analisaram o comportamento sexual de 254 casais.

Os cientistas apuraram que quanto maior a diferença entre os antígenos leucocitários de um casal, maior o desejo e também a satisfação sexual.

Tal, segundo eles, estaria relacionado com a sobrevivência da espécie humana.

Os investigadores observaram que casais ou animais com HLA distintos "aumentam a possibilidade dos seus descendentes serem resistentes a um número maior de doenças". Afinal, os filhos herdam elementos do sistema imunológico do pai e da mãe.

Atração e cheiro

Mas como o nosso institinto sexual distingue um HLA diferente?

O nosso corpo decifra antecipadamente - e inconscientemente - o que temos bem diante do nariz.

"Os peixes, as aves e os mamíferos preferem parceiros com um código genético distinto, identificados por sinais olfativos", afirma o estudo publicado na Nature.

Embora os cientistas ainda debatam como o HLA define o cheiro do nosso corpo, há provas de que certos componentes do odor podem ser encontrados em secreções como o suor e a saliva.

Mais ainda, sabe-se que os neurónios olfativos identificam o antígeno leucocitário humano (HLA) sem que tenhamos qualquer consciência.

O estudo não pretende menosprezar a capacidade humana de domar o próprio instinto sexual, mas lança luzes sobre a importância do sistema imunológico no nosso comportamento sexual.

E traz uma explicação científica para reforçar a popular ideia de que os opostos de facto se atraem.

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