Enquanto que não há dúvidas acerca do vício e dependência por certas substâncias, como o álcool ou o tabaco, acerca das relações sexuais gera-se a dúvida sobre se tal é mito ou uma verdadeira condição.
Pela falta de diagnóstico clínico aos que alegam ser viciado em sexo, o ‘vício’ não é visto como real por parte do Sistema Nacional de Saúde.
Ainda assim, muitos são os que alegam ser ‘dependentes’ do sexo ou pornografia. No site de autoajuda sobre o tema, contabilizaram-se 21.000 visitantes ao site, só do Reino Unido, durante o ano de 2013. Destes, apenas 10% procura ajuda médica, refere a BBC.
Apesar dos números, o problema mantém-se inconclusivo para o diagnóstico de estatísticas sobre problemas mentais, mas estudos provam o contrário ao demonstrar que a atividade sexual de alguém viciado em sexo, enquanto vê pornografia, assemelha-se ao de o de um indivíduo viciado em drogas, durante o seu consumo. O problema que separa opiniões de forma distinta, prende-se com a indefinição sobre o que é, de facto, um vício.
Entre a procura de prazer e o vício propriamente dito, a linha é ténue, principalmente quando o sexo é usado como forma de 'fugir' de outro vício, como uma forma de distração. Toda esta realidade dificulta o diagnóstico por parte de especialistas que adiantam que, mesmo que se diagnostique alguém como viciado em sexo, tal não indicaria um melhor apoio ou forma de resolver a questão, diz a psicólogia Abigael San.
Em suma, e pela divisão de opiniões, visões e estudos comprovados, a questão mantém-se, para já.
